Eutrofização e qualidade da água na piscicultura: consequências e recomendações
2018
Carla Fernandes MACEDO | Lúcia Helena SIPAÚBA-TAVARES
A eutrofização artificial (cultural ou antrópica) é induzida pelo homem e pode ter diferentes origens, como: efluentes domésticos, industriais, agrícolas, incluindo ainda os efluentes de sistemas de criação de organismos aquáticos. A expansão da aquicultura, associada í produção de biomassa e ao aumento de nutrientes no meio aquático, pode provocar aceleração da produtividade de algas, alterando a ecologia do sistema aquático. Além disso, a água desses efluentes pode apresentar risco í saúde através da transferência de patógenos provenientes de estercos, resíduos vegetais, material compostado, entre outros, que constituem importantes fontes de resíduos orgí¢nicos em alguns sistemas de criação. Dependendo do grau de trofia dos viveiros de piscicultura, que são ambientes diní¢micos, diferentes espécies planctônicas, com curto ciclo reprodutivo e adaptadas í s alterações constantes destes sistemas, podem aparecer em elevada abundí¢ncia. A qualidade da água nos sistemas de criação de peixes está relacionada a diversos fatores, como a água de origem, manejo (calagem, adubação, limpeza), espécies cultivadas e quantidade e composição do alimento exógeno. Visando minimizar os impactos ambientais, existem técnicas para melhorar as condições de qualidade da água nos sistemas de criação de peixes e, assim, respostas satisfatórias podem ser obtidas através da aplicação de práticas de manejo. O presente trabalho tem por objetivo realizar revisão do tema que trata das alterações da qualidade da água advindas da atividade de piscicultura continental no Brasil. Procura, ainda, recomendar técnicas de boas práticas de manejo, visando minimizar o impacto gerado pela atividade.
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Información bibliográfica
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