Persistência do arco aórtico direito em gato: relato de caso a partir de uma abordagem cirúrgica tardia | Persistent right aortic arch in the cat: a case report from a late surgical approach

Portugués. Anomalias do arco aórtico podem dar origem a anéis vasculares, como o arco aórtico direito persistente (PRAA), uma anomalia vascular rara em gatos com implicações significativas para a saúde. Aqui relatamos a correção cirúrgica tardia em um caso de PRAA em gato de quase 12 meses de idade com quadro clínico de disfagia e regurgitação pós prandial. O paciente deu entrada no hospital veterinário da FMVZ-USP com histórico de regurgitação crônica desde filhote após o desmame e piora importante do quadro clínico há 10 dias. A tomografia computadorizada teve um papel potencial no diagnóstico e detecção de complicações da PRAA, permitindo o planejamento cirúrgico. A abordagem por toracotomia esquerda e secção do ligamento arterioso resultou na resolução bem sucedida da compressão extrínseca do esôfago pela PRAA com restauração da deglutição normal de dieta seca pelo gato e ausência de sequelas esofágicas na avaliação radiográfica em seis meses de acompanhamento clínico.

Inglés. Aortic arch anomalies can give rise to vascular rings, such as persistent right aortic arch (PRAA), a rare vascular anomaly in cats with significant health implications. Here, we report late surgical correction in a case of PRAA, an almost 12-month-old cat with the clinical syndrome of dysphagia and postprandial regurgitation. The patient was presented to the veterinary hospital at FMVZ-USP with a history of chronic regurgitation since puppyhood after weaning, with a significant worsening of the clinical condition 10 days ago. Computed tomography had a potential role in diagnosing and detecting complications of PRAA, allowing surgical planning. Approach via left thoracotomy and section of the arteriosus ligament resulted in the successful resolution of extrinsic esophageal compression due to PRAA with the restoration of normal swallowing of a dry diet by the cat and absence of esophageal sequelae on radiographic assessment in a six-month clinical follow-up.