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Análise retrospectiva de casos de maus tratos contra cães e gatos na cidade de São Paulo | Retrospective analyzes of cruelty toward dogs and cats in the city of São Paulo
2010
Elza Fernandes Marlet | Paulo César Maiorka
A Medicina Veterinária Legal é uma área em crescimento devido à demanda da sociedade na coibição dos crimes contra a fauna. No Brasil, pouco se conhece acerca da magnitude deste problema. Assim, o presente estudo propôs-se a realizar um levantamento de casos em dois órgãos distintos que lidam com esta modalidade de crime em sua rotina de atendimento: o Serviço de Necropsia do Departamento de Patologia da FMVZ/USP e o Núcleo de Análise Instrumental do Instituto de Criminalística de São Paulo (NAI/IC). Este levantamento possibilitou a visualização do perfil quantitativo e qualitativo dos casos atendidos de maus tratos praticados contra cães e gatos, no período de 2003 a 2007. Constatou-se inicialmente que o número absoluto de casos de maus tratos em cães é maior que em gatos, porém, o confronto desses números absolutos com o tamanho da respectiva população atendida pelo Serviço de Necropsia da FMVZ/USP, revelou que os gatos são animais de eleição para as práticas de maus tratos. Constatou-se ainda que o sexo do animal não é fator relevante nessa eleição, mas a idade sim. Isso pode ser devido ao fato de animais de tenra idade serem mais indefesos que animais adultos. O tipo de maus tratos mais comumente praticado, tanto em cães como em gatos, é a intoxicação intencional e, os agentes tóxicos mais utilizados nestes casos são os carbamatos. Os resultados obtidos sugerem que a ampla utilização dos carbamatos decorre da facilidade com que podem ser adquiridos no comércio e fornecidos aos animais. | The area of Legal Veterinary Medicine is growing due to the demand of society in restraining crimes against wildlife. In Brazil, little is known about the magnitude of this problem. Thus, this study set out to do a survey of cases in two separate bodies dealing with this type of crime in their routine care: the Autopsy Service, Department of Pathology FMVZ / USP and the Instrumental Analysis Center of the Institute Forensic São Paulo (NAI / IC). This survey enabled the visualization of a qualitative and quantitative profile of the seen cases of abuse committed against dogs and cats in the period 2003 to 2007. The conclusions are: cats are more affected than dogs by the practice of maltreatment; there is no difference regarding sex, but age is a determinant factor, therefore young animals are predominantly maltreated; and the agents most commonly used to cause intentional poisoning are carbamates.
Mostrar más [+] Menos [-]Fatal poisoning in dogs and cats - A 6 - year report in a veterinary pathology service | Intoxicação fatal em cães e gatos - casuística de seis anos de um serviço de patologia veterinária
2007
Fabiana Galtarossa Xavier | Dario Abbud Righi | Helenice de Souza Spinosa
A retrospective evaluation (1999 to 2004) of all 1,875 necropsies was performed at one Veterinary Pathology Service in Brazil with the aim of characterizing the cases of fatal poisonings in dogs and cats. During this period, 261 (13.9%) cases of dog or cat poisoning were identified. For all animals the exposures were of acute nature, caused by a single substance, occurred by ingestion and the most them were of intentional nature. The main agent was aldicarb responsible for 88.6% of the intoxications in dogs and 95.0% in cats. Other agents were anticoagulants (10.0% in dogs and 0.8% in cats), sodium monofluoracetate (1.4% in dogs) and no specified organic solvent (4.2% in cats). | Um levantamento retrospectivo (1999-2004) de 1.875 necropsias foi realizado em um Serviço de Patologia Veterinária brasileiro com o objetivo de caracterizar os casos de intoxicação fatal em cães e gatos. Durante este período, 261 (13,9%) cães e gatos tiveram como causa mortis a intoxicação exógena. Em todos os casos, a intoxicação foi de caráter agudo, causada por um único agente tóxico e, na maioria das vezes, de natureza intencional. O carbamato aldicarb foi o agente tóxico mais comum em ambas espécies, sendo responsável por 88,6% dos casos de intoxicação em cães e 95.0% dos casos em gatos. Outros agentes tóxicos encontrados foram o fluoroacetato de sódio (1,4% - em cães) e um solvente orgânico não especificado (4,7% - em gatos).
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