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Intoxicação por amônia em bovinos que receberam uréia extrusada ou granulada: alterações em alguns componentes bioquímicos do sangue Texto completo
2009
Alexandre Coutinho Antonelli | Gabriel Adrian Sanches Torres | Clara Satsuki Mori | Pierre Castro Soares | Celso Akio Maruta | Enrico Lippi Ortolani
Doze garrotes Girolando nunca alimentados com uréia foram distribuídos em dois grupos de seis animais cada, e induzidos a desenvolver um quadro de intoxicação por amônia através da administração de uréia extrusada ou granulada em dose única (0,5 g/ kg PV). Foram determinados no plasma ou soro os teores de amônia, glicose, L-lactato, uréia e creatinina, além do volume globular em sangue total nos seguintes momentos: antes da administração de uréia, no surgimento dos tremores, após o primeiro episódio convulsivo, e após 240 minutos do início do experimento. A hiperamoniemia ocorreu a partir dos primeiro tremores. Maiores glicemia e lactemia-L foram constatadas no momento do ápice da intoxicação (episódio convulsivo), os quais foram superiores ao tempo basal. A produção endógena de uréia aumentou no decorrer do experimento devido à hiperamoniemia (r = 0,57), atingindo seus valores mais altos ao término do experimento. Quanto maior foi o teor de amônia, maiores foram as concentrações de lactato-L, glicose, uréia, creatinina e volume globular. Estes resultados permitem concluir que o grau de hiperamoniemia aumentou a gliconeogênese, a glicólise anaeróbica, a síntese de uréia endógena e o grau de desidratação. Entre as variáveis estudadas os teores de glicose e de lactato-L foram os melhores indicadores para monitorar alterações bioquímicas na intoxicação pela amônia.
Mostrar más [+] Menos [-]Chronic copper poisoning in sheep grazed under grape orchard fertilise with poultry litter | Intoxicação crônica por cobre em ovelhas pastoreadas em pomar de videiras adubado com cama aviária Texto completo
2007
Luiz Alberto Oliveira Ribeiro | Norma Centeno Rodrigues | Willian Augusto Smiderle
This work describe dead due to chronic copper poisoning (CCP) that occurred in a flock of sheep grazed under grape orchard, located at the hilly area of southern Brazil; supplemented with concentrate and crushing grapes husks. The orchard was annually sprayed with 2 per cent copper sulphate and the ground fertilised with poultry litter. The sheep showed depression, jaundice and hemoglobinuria. Fourteen sheep died, representing 57 per cent of the flock. The clinical sign, necropsy and microscopic findings were typical of CCP. The serum level of aspartate aminotrasferase (AST) of remain six sheep, varied from 48.8 to 403.3 IU/L. The cooper level found in the poultry litter, crushing grapes husks, grass and concentrate were 637, 158, 86 and 18 mg/kg, respectively. It is concluded that the sheep losses occurred due to the high level of copper found in the pasture, crushing grapes husks and concentrate fed to the animals. It is also suggested, the environmental risk of poultry litter as fertiliser of sheep pasture as well as the use of crushing grapes husks as sheep supplemental feeding. | No presente trabalho é relatado caso de intoxicação crônica por cobre (ICC) ocorridos em rebanho ovino pastoreados em pomar de videiras, na serra Gaúcha; suplementados com bagaço de uva e concentrado. O pomar era aspergido anualmente com solução de sulfato de cobre a 2% e teve seu solo adubado com cama aviária. Os ovinos mostraram andar cambaleante, icterícia intensa das mucosas e urina escura, dos quais foram a óbito oito animais, correspondendo a 57% do total do rebanho. Os sinais clínicos e lesões histológicas foram características da ICC. A dosagem de Aspartato Aminotrasferase (AST) no soro dos seis ovinos remanescentes variou de 48,8 a 403,3 UI/L. O nível de cobre encontrado na cama aviária, bagaço de uva, pastagem e concentrado foram de 637, 158, 86 e 18 mg/kg respectivamente. Conclui-se que os óbitos ocorreram devido ao alto nível de cobre encontrado na pastagem, bagaço de uva e concentrado administrado aos animais. Sugere-se também, o risco de dano ambiental no uso de cama aviária na adubação de pastagem, assim como a inadequação da alimentação de ovinos com bagaço de uva.
Mostrar más [+] Menos [-]Experimental ammonia poisoning in cattle fed extruded or prilled urea: clinical findings | Intoxicação experimental por amônia em bovinos que receberam uréia extrusada ou granulada: achados clínicos Texto completo
2004
Alexandre Coutinho Antonelli | Clara Satsuki Mori | Pierre Castro Soares | Sandra Satiko Kitamura | Enrico Lippi Ortolani
Twelve yearling Girolando, rumen-fistulated steers never fed with urea before, were distributed randomly in 2 groups of 6 animals each. Both groups were administered intraruminally a single dose (0.5 g/kg BW) of extruded (G1) or prilled (G2) urea to induce ammonia poisoning. The clinical picture was followed for the next 240 min. Besides the classic signs the present study found 3 new additional sign: dehydration, hypothermia and ingurgitated episcleral veins. Convulsion, considered the definite sign, was seen in 5 out of 6 animals from both groups. One steer (G1) had only fasciculation, while another (G2) developed typical clinical signs, but not convulsion, and recovered spontaneously without treatment. The appearance of clinical signs such as muscle tremors, sternal recumbency and convulsive episode occurred at similar times in both groups, but when analyzed altogether they took place later in G1 (p < 0.04). The 1st sign to show up was fasciculation, followed by apathy, hyperaesthesia, pushing against obstacles, muscle tremor, rumen stasis, incoordination, sternal and then lateral recumbency, mild or severe dehydration, and convulsion. Higher heart rate was detected at the convulsive episodes. After the convulsions, 4 animals from each group had mild hypothermia. One steer from G2 fell down in coma and died suddenly before the beginning of the treatment. Although the extruded urea postponed the clinical picture, the signs were as severe as exhibited by cattle administered prilled urea. Both forms of urea offered at high dose can be harmful to cattle never fed urea. | Doze garrotes Girolando, nunca alimentados com uréia, foram distribuídos em dois grupos de seis animais cada. Ambos os grupos receberam intraruminalmente dose única (0,5 g/kg PV) de uréia extrusada (G1) ou granulada (G2), para induzir quadro de intoxicação por amônia. O quadro clínico exibido pelos garrotes foi acompanhado durante 240 minutos. Além da constatação dos sinais clínicos clássicos ligados a essa intoxicação, o presente trabalho descreve a presença de três novos sinais: desidratação, hipotermia e vasos episclerais ingurgitados. Convulsão, considerada sinal definitivo, ocorreu em cinco de seis animais de cada grupo. Um garrote (G1) exibiu apenas fasciculações, enquanto outro (G2) desenvolveu quadro clínico típico, porém sem convulsão, e recuperou-se espontaneamente sem tratamento. Os surgimentos de tremores musculares, decúbito esternal e episódios convulsivos ocorreram em momentos similares em ambos os grupos, mas quando analisados conjuntamente verificou-se que foram mais tardios no G1 (p < 0,04). O 1º sinal clínico observado foi a fasciculação, seguida por apatia, hiperestesia, apoio em obstáculos, tremores musculares, atonia ruminal, incoordenação motora, decúbito esternal e lateral, desidratação leve ou severa, e convulsão. Maiores freqüências cardíacas foram detectadas na convulsão. Após a convulsão, quatro garrotes de cada grupo apresentaram hipotermia leve. Um garrote do G2 entrou em estado comatoso e sucumbiu subitamente antes que fosse iniciado o tratamento. Apesar da uréia extrusada adiar o surgimento do quadro clínico, os sinais evidenciados foram tão severos quanto os causados por uréia granulada. Ambas formas de uréia, oferecidas em altas doses são perigosas a bovinos que nunca foram alimentados com uréia.
Mostrar más [+] Menos [-]Efeitos da administração de ração contendo leite de cabra alimentada com sementes de Crotalaria spectabilis a ratos em crescimento Texto completo
1999
Rosane Maria Trindade de Medeiros | Silvana Lima Górniak | José Luis Guerra
Efeitos da administração de ração contendo leite de cabra alimentada com sementes de Crotalaria spectabilis a ratos em crescimento Texto completo
1999
Rosane Maria Trindade de Medeiros | Silvana Lima Górniak | José Luis Guerra
Sementes de Crotalaria spectabilis, as quais contêm o alcalóide pirrolizidínico (AP), monocrotalina (MCT), foram moídas e administradas junto com a ração a uma cabra em lactação. O leite dessa cabra foi liofilizado e oferecido na ração por 8 semanas a ratos para determinar se a MCT ou seus metabólitos poderiam estar sendo significantemente eliminados no leite. Os ratos provenientes do grupo experimental apresentaram aumento significante (p<0,05) nos níveis séricos de ALT, AST, GGT e LDH e menor ganho de peso (p<0,05) que os ratos do grupo controle. As lesões mais significativas observadas nos animais que ingeriram a ração experimental foram pneumonia intersticial moderada e degeneração vacuolar e ocasionalmente necrose dos hepatócitos de região periportal. Os resultados deste estudo indicam que o AP e/ou seus metabólitos podem ser eliminados no leite.
Mostrar más [+] Menos [-]Effects of milk from goat fed Crotalaria spectabilis seeds on growing rats Texto completo
1999
MEDEIROS, Rosane Maria Trindade de(Universidade Federal da Paraíba Centro de Saúde e Tecnologia Rural Departamento de Clínicas Veterinárias) | GÓRNIAK, Silvana Lima(Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Centro de Pesquisa em Toxicologia Veterinária (CEPTOX)) | GUERRA, José Luis(Universidade de São Paulo Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Departamento de Patologia)
Seeds of Crotalaria spectabilis, containing the pyrrolizidine alkaloid (PA) monocrotaline (MCT), were fed to a lactating dairy goat. Milk from this goat was fed to rats for 8 weeks to determine whether MCT or its toxic metabolites are transferred into the goat&#146;s milk. Rats from the experimental group showed significantly higher (p<0.05) serum levels of ALT, AST, GGT and LDH and less weight gains (p<0.05) than control rats. The most significant lesions in rats consuming the experimental ration were mild to moderate interstitial pneumonia and a vacuolar degeneration and occasionally necrosis of periportal hepatocytes. The results of this study indicate that the PA and/or its metabolites are eliminated in milk. | Sementes de Crotalaria spectabilis, as quais contêm o alcalóide pirrolizidínico (AP), monocrotalina (MCT), foram moídas e administradas junto com a ração a uma cabra em lactação. O leite dessa cabra foi liofilizado e oferecido na ração por 8 semanas a ratos para determinar se a MCT ou seus metabólitos poderiam estar sendo significantemente eliminados no leite. Os ratos provenientes do grupo experimental apresentaram aumento significante (p<0,05) nos níveis séricos de ALT, AST, GGT e LDH e menor ganho de peso (p<0,05) que os ratos do grupo controle. As lesões mais significativas observadas nos animais que ingeriram a ração experimental foram pneumonia intersticial moderada e degeneração vacuolar e ocasionalmente necrose dos hepatócitos de região periportal. Os resultados deste estudo indicam que o AP e/ou seus metabólitos podem ser eliminados no leite.
Mostrar más [+] Menos [-]Análise retrospectiva de casos de maus tratos contra cães e gatos na cidade de São Paulo | Retrospective analyzes of cruelty toward dogs and cats in the city of São Paulo Texto completo
2010
Elza Fernandes Marlet | Paulo César Maiorka
A Medicina Veterinária Legal é uma área em crescimento devido à demanda da sociedade na coibição dos crimes contra a fauna. No Brasil, pouco se conhece acerca da magnitude deste problema. Assim, o presente estudo propôs-se a realizar um levantamento de casos em dois órgãos distintos que lidam com esta modalidade de crime em sua rotina de atendimento: o Serviço de Necropsia do Departamento de Patologia da FMVZ/USP e o Núcleo de Análise Instrumental do Instituto de Criminalística de São Paulo (NAI/IC). Este levantamento possibilitou a visualização do perfil quantitativo e qualitativo dos casos atendidos de maus tratos praticados contra cães e gatos, no período de 2003 a 2007. Constatou-se inicialmente que o número absoluto de casos de maus tratos em cães é maior que em gatos, porém, o confronto desses números absolutos com o tamanho da respectiva população atendida pelo Serviço de Necropsia da FMVZ/USP, revelou que os gatos são animais de eleição para as práticas de maus tratos. Constatou-se ainda que o sexo do animal não é fator relevante nessa eleição, mas a idade sim. Isso pode ser devido ao fato de animais de tenra idade serem mais indefesos que animais adultos. O tipo de maus tratos mais comumente praticado, tanto em cães como em gatos, é a intoxicação intencional e, os agentes tóxicos mais utilizados nestes casos são os carbamatos. Os resultados obtidos sugerem que a ampla utilização dos carbamatos decorre da facilidade com que podem ser adquiridos no comércio e fornecidos aos animais. | The area of Legal Veterinary Medicine is growing due to the demand of society in restraining crimes against wildlife. In Brazil, little is known about the magnitude of this problem. Thus, this study set out to do a survey of cases in two separate bodies dealing with this type of crime in their routine care: the Autopsy Service, Department of Pathology FMVZ / USP and the Instrumental Analysis Center of the Institute Forensic São Paulo (NAI / IC). This survey enabled the visualization of a qualitative and quantitative profile of the seen cases of abuse committed against dogs and cats in the period 2003 to 2007. The conclusions are: cats are more affected than dogs by the practice of maltreatment; there is no difference regarding sex, but age is a determinant factor, therefore young animals are predominantly maltreated; and the agents most commonly used to cause intentional poisoning are carbamates.
Mostrar más [+] Menos [-]Estudo comparativo da intoxicação experimental por amitraz entre cães e gatos Texto completo
2008
Silvia Franco Andrade | Cecília Braga Laposy | Luciana Teramossi Rodrigues | Jacqueline Marcicano | Carlos Vianna de Andrade Jr | Thiago Luiz Appel
O objetivo do presente trabalho foi estudar as características em comum e as diferenças observadas na intoxicação induzida por 1 mg/kg de amitraz, IV, em cães e gatos. Os principais sinais clínicos observados em comum foram sedação, hipotermia, bradicardia, bradiarritmias, hipotensão, bradipnéia, midríase e hiperglicemia transitória, porém a intensidade destes sinais foi diferente entre as espécies. A hipotermia foi mais acentuada em gatos. Os cães foram mais sensíveis às alterações cardiorespiratórias apresentando diminuição mais significativa na freqüência cardíaca e respiratória, além de ocorrência de maior número de bradiarritmias. Os gatos apresentaram midríase mais prolongada do que os cães. Observou-se hiperglicemia e hipoinsulinemia transitórias e diminuição transitória dos níveis plasmáticos de cortisol em ambas espécies, porém os gatos apresentaram um pico de hiperglicemia maior e mais precoce do que os cães, e com relação aos níveis plasmáticos de cortisol, os cães apresentaram uma diminuição mais acentuada do que os gatos. O tempo médio de retorno da sedação foi mais prolongado em gatos. Estes resultados mostraram que a intoxicação por amitraz entre cães e gatos é muito similar, porém os gatos demonstraram maior sensibilidade à indução de hipotermia e hiperglicemia, além de midríase e um tempo médio de retorno da sedação mais prolongado, enquanto os cães apresentaram diminuição mais acentuada nos parâmetros cardiorespiratórios e dos níveis plasmáticos de cortisol do que os gatos.
Mostrar más [+] Menos [-]Variabilidade clínica na determinação da dose tóxica oral em intoxicação experimental por fluoroacetato de sódio em gatos Texto completo
2006
Rita de Cássia Collicchio-Zuanaze | Michiko Sakate | Adalberto José Crocci
O fluoroacetato de sódio (FAS) ou composto 1080 é um potente rodenticida utilizado no controle de roedores e predadores mamíferos. Sua utilização está proibida por lei em diversos países devido à sua alta toxicidade, mas no Brasil há evidências do uso ilegal e sem critérios causando intoxicações, principalmente em crianças e animais domésticos. O FAS age por meio do seu metabólito tóxico, o fluorocitrato, no bloqueio do ciclo de Krebs com conseqënte diminuição da produção de energia do organismo, provocando principalmente manifestações clínicas neurológicas e cardíacas. No presente estudo compararam quatro doses orais tóxicas do fluoroacetato de sódio, descritas em gatos, na literatura, observando-se o aparecimento dos sinais clínicos predominantes da intoxicação, as diferenças entre as doses quanto a variabilidade clínica em relação ao período de latência para o aparecimento dos sinais clínicos e sua respectiva intensidade. A dose oral tóxica que melhor caracterizou o quadro clínico da intoxicação por FAS em gatos, sem causar a letalidade aguda, foi de 0,45mg/kg. As diferenças entre as manifestações clínicas foram dose-dependentes e em ordem crescente de intensidade, caracterizando-se como sinais leves (dose 1: 0,3mg/kg), leves a moderados (dose 2: 0,4mg/kg), moderados a graves (dose 3: 0,45mg/kg) e graves (dose 4: 0,5mg/kg). Houve também variabilidade clínica individual entre animais intoxicados com a mesma dosagem do tóxico.
Mostrar más [+] Menos [-]Intoxicação experimental por amônia em bovinos que receberam uréia extrusada ou granulada: achados clínicos Texto completo
2004
Alexandre Coutinho Antonelli | Clara Satsuki Mori | Pierre Castro Soares | Sandra Satiko Kitamura | Enrico Lippi Ortolani
Intoxicação experimental por amônia em bovinos que receberam uréia extrusada ou granulada: achados clínicos Texto completo
2004
Alexandre Coutinho Antonelli | Clara Satsuki Mori | Pierre Castro Soares | Sandra Satiko Kitamura | Enrico Lippi Ortolani
Doze garrotes Girolando, nunca alimentados com uréia, foram distribuídos em dois grupos de seis animais cada. Ambos os grupos receberam intraruminalmente dose única (0,5 g/kg PV) de uréia extrusada (G1) ou granulada (G2), para induzir quadro de intoxicação por amônia. O quadro clínico exibido pelos garrotes foi acompanhado durante 240 minutos. Além da constatação dos sinais clínicos clássicos ligados a essa intoxicação, o presente trabalho descreve a presença de três novos sinais: desidratação, hipotermia e vasos episclerais ingurgitados. Convulsão, considerada sinal definitivo, ocorreu em cinco de seis animais de cada grupo. Um garrote (G1) exibiu apenas fasciculações, enquanto outro (G2) desenvolveu quadro clínico típico, porém sem convulsão, e recuperou-se espontaneamente sem tratamento. Os surgimentos de tremores musculares, decúbito esternal e episódios convulsivos ocorreram em momentos similares em ambos os grupos, mas quando analisados conjuntamente verificou-se que foram mais tardios no G1 (p < 0,04). O 1º sinal clínico observado foi a fasciculação, seguida por apatia, hiperestesia, apoio em obstáculos, tremores musculares, atonia ruminal, incoordenação motora, decúbito esternal e lateral, desidratação leve ou severa, e convulsão. Maiores freqüências cardíacas foram detectadas na convulsão. Após a convulsão, quatro garrotes de cada grupo apresentaram hipotermia leve. Um garrote do G2 entrou em estado comatoso e sucumbiu subitamente antes que fosse iniciado o tratamento. Apesar da uréia extrusada adiar o surgimento do quadro clínico, os sinais evidenciados foram tão severos quanto os causados por uréia granulada. Ambas formas de uréia, oferecidas em altas doses são perigosas a bovinos que nunca foram alimentados com uréia.
Mostrar más [+] Menos [-]Experimental ammonia poisoning in cattle fed extruded or prilled urea: clinical findings Texto completo
2004
Antonelli, Alexandre Coutinho(USP Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Departamento de Clínica Médica) | Mori, Clara Satsuki(USP Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Departamento de Clínica Médica) | Soares, Pierre Castro(USP Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Departamento de Clínica Médica) | Kitamura, Sandra Satiko(USP Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Departamento de Clínica Médica) | Ortolani, Enrico Lippi(USP Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia Departamento de Clínica Médica)
Twelve yearling Girolando, rumen-fistulated steers never fed with urea before, were distributed randomly in 2 groups of 6 animals each. Both groups were administered intraruminally a single dose (0.5 g/kg BW) of extruded (G1) or prilled (G2) urea to induce ammonia poisoning. The clinical picture was followed for the next 240 min. Besides the classic signs the present study found 3 new additional sign: dehydration, hypothermia and ingurgitated episcleral veins. Convulsion, considered the definite sign, was seen in 5 out of 6 animals from both groups. One steer (G1) had only fasciculation, while another (G2) developed typical clinical signs, but not convulsion, and recovered spontaneously without treatment. The appearance of clinical signs such as muscle tremors, sternal recumbency and convulsive episode occurred at similar times in both groups, but when analyzed altogether they took place later in G1 (p < 0.04). The 1st sign to show up was fasciculation, followed by apathy, hyperaesthesia, pushing against obstacles, muscle tremor, rumen stasis, incoordination, sternal and then lateral recumbency, mild or severe dehydration, and convulsion. Higher heart rate was detected at the convulsive episodes. After the convulsions, 4 animals from each group had mild hypothermia. One steer from G2 fell down in coma and died suddenly before the beginning of the treatment. Although the extruded urea postponed the clinical picture, the signs were as severe as exhibited by cattle administered prilled urea. Both forms of urea offered at high dose can be harmful to cattle never fed urea. | Doze garrotes Girolando, nunca alimentados com uréia, foram distribuídos em dois grupos de seis animais cada. Ambos os grupos receberam intraruminalmente dose única (0,5 g/kg PV) de uréia extrusada (G1) ou granulada (G2), para induzir quadro de intoxicação por amônia. O quadro clínico exibido pelos garrotes foi acompanhado durante 240 minutos. Além da constatação dos sinais clínicos clássicos ligados a essa intoxicação, o presente trabalho descreve a presença de três novos sinais: desidratação, hipotermia e vasos episclerais ingurgitados. Convulsão, considerada sinal definitivo, ocorreu em cinco de seis animais de cada grupo. Um garrote (G1) exibiu apenas fasciculações, enquanto outro (G2) desenvolveu quadro clínico típico, porém sem convulsão, e recuperou-se espontaneamente sem tratamento. Os surgimentos de tremores musculares, decúbito esternal e episódios convulsivos ocorreram em momentos similares em ambos os grupos, mas quando analisados conjuntamente verificou-se que foram mais tardios no G1 (p < 0,04). O 1º sinal clínico observado foi a fasciculação, seguida por apatia, hiperestesia, apoio em obstáculos, tremores musculares, atonia ruminal, incoordenação motora, decúbito esternal e lateral, desidratação leve ou severa, e convulsão. Maiores freqüências cardíacas foram detectadas na convulsão. Após a convulsão, quatro garrotes de cada grupo apresentaram hipotermia leve. Um garrote do G2 entrou em estado comatoso e sucumbiu subitamente antes que fosse iniciado o tratamento. Apesar da uréia extrusada adiar o surgimento do quadro clínico, os sinais evidenciados foram tão severos quanto os causados por uréia granulada. Ambas formas de uréia, oferecidas em altas doses são perigosas a bovinos que nunca foram alimentados com uréia.
Mostrar más [+] Menos [-]Análise retrospectiva de casos de maus tratos contra cães e gatos na cidade de São Paulo Texto completo
2010
Elza Fernandes Marlet | Paulo César Maiorka
A Medicina Veterinária Legal é uma área em crescimento devido à demanda da sociedade na coibição dos crimes contra a fauna. No Brasil, pouco se conhece acerca da magnitude deste problema. Assim, o presente estudo propôs-se a realizar um levantamento de casos em dois órgãos distintos que lidam com esta modalidade de crime em sua rotina de atendimento: o Serviço de Necropsia do Departamento de Patologia da FMVZ/USP e o Núcleo de Análise Instrumental do Instituto de Criminalística de São Paulo (NAI/IC). Este levantamento possibilitou a visualização do perfil quantitativo e qualitativo dos casos atendidos de maus tratos praticados contra cães e gatos, no período de 2003 a 2007. Constatou-se inicialmente que o número absoluto de casos de maus tratos em cães é maior que em gatos, porém, o confronto desses números absolutos com o tamanho da respectiva população atendida pelo Serviço de Necropsia da FMVZ/USP, revelou que os gatos são animais de eleição para as práticas de maus tratos. Constatou-se ainda que o sexo do animal não é fator relevante nessa eleição, mas a idade sim. Isso pode ser devido ao fato de animais de tenra idade serem mais indefesos que animais adultos. O tipo de maus tratos mais comumente praticado, tanto em cães como em gatos, é a intoxicação intencional e, os agentes tóxicos mais utilizados nestes casos são os carbamatos. Os resultados obtidos sugerem que a ampla utilização dos carbamatos decorre da facilidade com que podem ser adquiridos no comércio e fornecidos aos animais.
Mostrar más [+] Menos [-]Ammonia poisoning in cattle fed extruded or prilled urea: alterations in some chemistry components | Intoxicação por amônia em bovinos que receberam uréia extrusada ou granulada: alterações em alguns componentes bioquímicos do sangue Texto completo
2009
Alexandre Coutinho Antonelli | Gabriel Adrian Sanches Torres | Clara Satsuki Mori | Pierre Castro Soares | Celso Akio Maruta | Enrico Lippi Ortolani
Twelve yearling Girolando steers never fed urea before were assigned randomly in two groups of six animals each. In both groups were administered intraruminally a single dose (0.5 g/kg BW) of extruded or prilled urea in order to induce ammonia poisoning. Plasma or serum levels of ammonia, urea, creatinine, glucose, L-lactate were determined. Hematocrit values were also recorded. Blood samples were taken before the administration of urea, at the onset of muscle tremors, at the first convulsive episode, and 240 minutes after the beginning of the urea feeding. Hyperammonemia already occured at the time of the first muscle tremors. Glucose and L-lactate levels were higher at the peak of the intoxication (convulsive episode), which were higher compared to the beginning of the experiment. Endogenous production of urea increased during the experiment due to hyperammonemia (r = 0.57), reaching peak levels at the end of the trials. Higher ammonia values lead to increased concentrations of L-lactate, glucose, urea, creatinine and hematocrit values. These results showed that high levels of ammonia increased glyconeogenesis, anaerobic glycolysis, the endogenous synthesis of urea and the level of dehydration. L-lactate and glucose were the best variables to monitor biochemical changes in cases of ammonia poisoning. | Doze garrotes Girolando nunca alimentados com uréia foram distribuídos em dois grupos de seis animais cada, e induzidos a desenvolver um quadro de intoxicação por amônia através da administração de uréia extrusada ou granulada em dose única (0,5 g/ kg PV). Foram determinados no plasma ou soro os teores de amônia, glicose, L-lactato, uréia e creatinina, além do volume globular em sangue total nos seguintes momentos: antes da administração de uréia, no surgimento dos tremores, após o primeiro episódio convulsivo, e após 240 minutos do início do experimento. A hiperamoniemia ocorreu a partir dos primeiro tremores. Maiores glicemia e lactemia-L foram constatadas no momento do ápice da intoxicação (episódio convulsivo), os quais foram superiores ao tempo basal. A produção endógena de uréia aumentou no decorrer do experimento devido à hiperamoniemia (r = 0,57), atingindo seus valores mais altos ao término do experimento. Quanto maior foi o teor de amônia, maiores foram as concentrações de lactato-L, glicose, uréia, creatinina e volume globular. Estes resultados permitem concluir que o grau de hiperamoniemia aumentou a gliconeogênese, a glicólise anaeróbica, a síntese de uréia endógena e o grau de desidratação. Entre as variáveis estudadas os teores de glicose e de lactato-L foram os melhores indicadores para monitorar alterações bioquímicas na intoxicação pela amônia.
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