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Estrous characterization in cross-bred heifers (Bos taurus indicus x Bos taurus taurus) by radiotelemetry | Caracterização do estro de novilhas cruzadas (Bos taurus indicus x Bos taurus taurus) por radiotelemetria
2006
Claudia Maria Bertan | Mario Binelli | Ed Hoffmann Madureira
Although artificial insemination (AI) has countless advantages, in Brazil this technique is performed in only 7% of beef cattle. Failures on estrous detection are the main limiting factor to the success of this technique. An electronical system, based on radiotelemetry, was developed for estrous detection. This system provides day, hour and service length. The present study aimed to evaluate by radiotelemetry system the behavioral characteristics of the estrous of crossbred heifers (Bos taurus taurus x Bos taurus indicus) raised at pasture regimen in southwest region of Brazil. The hypothesis is that estrous lenght and service frequency are variable among females and that most of services occur at nocturnal period. For estrous synchronization, heifers received 0,5mg of MGA/animal/day, once a day during 8 days, and 15mg of luprostiol (PG), IM, at the last day of MGA treatment. Estrous were registered in a radiotelemetry system, denominated “Heat-Watch”, during a 120 hours period after PG injection. The mean of estrous length was 10,4 + 5,7 hours (ranging from 45 minutes to 22,7 hours). The mean of number of services was 26,2 + 13,6 (ranging from 3 to 81 services). The mean of services length was 2,7 + 0,3 seconds. Dransfield et al.4 classified the estrous in short (< 7 hours) and long (>; 7 hours) length and low (< 1,5 services/hour) and high (>; 1,5 services/hour) intensity. There was a higher incidence of long length when compared to short lenght (72,8% vs. 27,2%; P<0,05) and higher incidence of high intensity estrous when compared to that of low intensity (70,2% vs. 29,8%; P<0,05). The mean of services at day period (7:00 AM to 7:00 PM) was 10,0 + 9,7 and at night period was 13,0 + 12,4 (7:00 PM to 7:00 AM). Effect of period on services number was not observed (P=0,08). In the present study it was confirmed the hypothesis that estrous behavior is extremely variable among females, however, the hypothesis that most services occur at night period was not confirmed. | Embora a técnica de inseminação artificial (IA) apresente inúmeras vantagens, no Brasil é empregada em apenas 7% das fêmeas de corte. Falhas na detecção de estros constituem o principal fator limitante para a obtenção de êxito no emprego da técnica. Um sistema eletrônico, que se baseia na radiotelemetria, foi desenvolvido para a detecção de estros. Este sistema fornece o registro da data, horário e duração das montas ocorridas. O presente estudo teve como objetivo avaliar, pelo sistema de radiotelemetria, as características comportamentais de estro em novilhas cruzadas de corte (Bos taurus taurus x Bos taurus indicus), criadas em regime extensivo, na região sudoeste do Brasil. A hipótese testada foi que a duração dos estros e o número de montas são bastante variáveis entre as fêmeas e que a maioria das montas ocorre no período noturno. Para a sincronização dos estros as novilhas receberam 0,5mg de MGA/cabeça/dia, uma vez ao dia, durante 8 dias, e uma injeção de 15mg de luprostiol (PG) via IM no último dia da ingestão de MGA. Os estros foram registrados pelo sistema de radiotelemetria "Heat-Watch", durante um período de até 120 horas após a aplicação de PG. A duração média dos estros foi de 10,4 + 5,7 horas, duração que variou de 45 minutos a 22,7 horas. O número médio de montas foi de 26,2 + 13,6 e variou de 3 a 81 montas. A duração média das montas foi de 2,7 + 0,3 segundos. Dransfield et al.¹ classificaram os estros em curta (< 7 horas) e longa (>; 7 horas) duração e baixa (< 1,5 montas/hora) e alta (>; 1,5 montas/hora) intensidade. Houve uma maior incidência dos estros de longa duração quando comparados aos de curta duração (72,8% vs. 27,2%; P<0,05) e uma maior incidência dos estros de alta intensidade quando comparados aos de baixa intensidade (70,2% vs. 29,8%; P<0,05). A média geral de montas diurnas foi de 10,0 + 9,7 (das 7:00 às 19:00 horas) e de montas noturnas de 13,0 + 12,4 (das 19:00 às 7:00 horas), sendo que não foi observado efeito de período do dia no número de montas (P=0,08). No presente estudo confirmou-se a hipótese de que o comportamento de estro é extremamente variável entre as fêmeas, mas não a de que a maioria das montas ocorre no período noturno.
Mostrar más [+] Menos [-]Caracterização do estro de novilhas cruzadas (Bos taurus indicus x Bos taurus taurus) por radiotelemetria
2006
Claudia Maria Bertan | Mario Binelli | Ed Hoffmann Madureira
Embora a técnica de inseminação artificial (IA) apresente inúmeras vantagens, no Brasil é empregada em apenas 7% das fêmeas de corte. Falhas na detecção de estros constituem o principal fator limitante para a obtenção de êxito no emprego da técnica. Um sistema eletrônico, que se baseia na radiotelemetria, foi desenvolvido para a detecção de estros. Este sistema fornece o registro da data, horário e duração das montas ocorridas. O presente estudo teve como objetivo avaliar, pelo sistema de radiotelemetria, as características comportamentais de estro em novilhas cruzadas de corte (Bos taurus taurus x Bos taurus indicus), criadas em regime extensivo, na região sudoeste do Brasil. A hipótese testada foi que a duração dos estros e o número de montas são bastante variáveis entre as fêmeas e que a maioria das montas ocorre no período noturno. Para a sincronização dos estros as novilhas receberam 0,5mg de MGA/cabeça/dia, uma vez ao dia, durante 8 dias, e uma injeção de 15mg de luprostiol (PG) via IM no último dia da ingestão de MGA. Os estros foram registrados pelo sistema de radiotelemetria "Heat-Watch", durante um período de até 120 horas após a aplicação de PG. A duração média dos estros foi de 10,4 + 5,7 horas, duração que variou de 45 minutos a 22,7 horas. O número médio de montas foi de 26,2 + 13,6 e variou de 3 a 81 montas. A duração média das montas foi de 2,7 + 0,3 segundos. Dransfield et al.¹ classificaram os estros em curta (< 7 horas) e longa (>; 7 horas) duração e baixa (< 1,5 montas/hora) e alta (>; 1,5 montas/hora) intensidade. Houve uma maior incidência dos estros de longa duração quando comparados aos de curta duração (72,8% vs. 27,2%; P<0,05) e uma maior incidência dos estros de alta intensidade quando comparados aos de baixa intensidade (70,2% vs. 29,8%; P<0,05). A média geral de montas diurnas foi de 10,0 + 9,7 (das 7:00 às 19:00 horas) e de montas noturnas de 13,0 + 12,4 (das 19:00 às 7:00 horas), sendo que não foi observado efeito de período do dia no número de montas (P=0,08). No presente estudo confirmou-se a hipótese de que o comportamento de estro é extremamente variável entre as fêmeas, mas não a de que a maioria das montas ocorre no período noturno.
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