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Análise volumétrica do pólen de Attalea funifera Mart. (Arecaceae) em amostras de pólen apícola do litoral do baixo sul da Bahia, Brasil
2019
Rodolfo de França Alves | Francisco de Assis Ribeiro dos Santos
Foi realizada a análise volumétrica do pólen de Attalea funifera Mart. (Arecaceae) em amostras de pólen apícola comercializadas no município de Nilo Peçanha, Bahia, no período de maio a novembro de 2014. As amostras foram identificadas e quantificadas, no intuito de determinar a origem botânica e a importância de A. funifera na composição do pólen apícola, sob o aspecto volumétrico. O espectro polínico foi composto por 23 tipos polínicos distribuídos em 13 famílias botânicas, tendo como as mais representativas as famílias Fabaceae, Euphorbiaceae e Asteraceae. O tipo polínico mais frequente foi Mimosa pudica, porém, as análises volumétricas apontaram A. funifera como o mais importante na constituição do pólen coletado. Portanto, com base no volume (93.974,70 µm³), verifica-se o potencial do pólen de A. funifera em amostras de pólen apícola e, consequentemente, a importância de análises volumétricas em adição às análises quantitativas e de frequência.
Mostrar más [+] Menos [-]Diagnóstico polínico da geoprópolis de Melipona scutellaris L. (Meliponini, Apidae, Hymenoptera) coletada em uma área de Mata Atlântica no Nordeste do Brasil
2019
Vanessa Ribeiro Matos | Francisco de Assis Ribeiro dos Santos
Melipona scutellaris (uruçu) é endêmica da região Nordeste do Brasil, poliniza um número diversificado de espécies de plantas e é importante na manutenção da biodiversidade dos biomas da região, como a Mata Atlântica. O presente trabalho analisou 16 amostras de geoprópolis produzidas por esta abelha em uma área de Mata Atlântica no município de Entre Rios (Bahia). As quais foram processadas seguindo a técnica de acetólise com modificações sugeridas para geoprópolis. 75 tipos de pólen foram encontrados, dos quais 59 foram identificados como pertencentes a 28 famílias botânicas. A família Fabaceae foi a mais importante com 12 tipos polínicos identificados. Os gêneros Cecropia (Urticaceae), Eucalyptus (Myrtaceae), Mimosa pudica (Fabaceae) e Myrcia I (Myrtaceae) estiveram presentes em todas as amostras analisadas. Os tipos polínicos Protium heptaphyllum (Buseraceae) e Schinus terebinthifolia (Anacardiaceae), ambos utilizados como fonte de resina pelas abelhas, apresentaram frequências de distribuição de 56,25% e 81,25%, respectivamente.
Mostrar más [+] Menos [-]Botânica em dia
2021
Simone Alves Damasceno | Elizamar Ciríaco da Silva | Marla Ibrahim Uehbe de Oliveira
O presente material é uma fonte de consulta para professores de Ciências e Biologia, cujo intuito seja trabalhar a Botânica em sala de aula de maneira precisa e dinâmica. Espera-se que essa área da Biologia não seja mais vista como difícil ou complexa de ser tratada. Selecionamos, primeiramente, conteúdos de Anatomia e Morfologia Vegetal, para uma visão geral dessa área do conhecimento. Logo depois, a Fisiologia Vegetal é abordada a partir do processo de fotossíntese, junto a elementos como pigmentos e organelas. Além disso, são indicadas as etapas da fotossíntese e algumas plantas com mecanismos C3, C4 e, finalmente, CAM. Temos a expectativa de que o uso desta ferramenta didática seja útil nas aulas de Botânica, servindo de estímulo também para mostrar, quando necessário, o real significado e a importância que as plantas e essa área de conhecimento possuem para a vida, nas suas diversas formas.
Mostrar más [+] Menos [-]Flora polínica da Área de Proteção Ambiental Serra Branca/Raso da Catarina, Jeremoabo, Bahia, Brasil – Família: Passifloraceae
2020
Rita de Cássia Matos dos Santos Araújo | Jéssica Vieira dos Santos | Brunelle Ramos Andrade | Teonildes Sacramento Nunes | Adilva de Souza Conceição
Este estudo objetiva caracterizar morfologicamente grãos de pólen da família Passifloraceae, ocorrentes na Área de Proteção Ambiental (APA) Serra Branca/Raso da Catarina, Jeremoabo, Bahia, Brasil, visando complementar o levantamento palinológico e taxonômico realizado na área, bem como fornecer subsídios para o desenvolvimento do plano de manejo da APA Serra Branca/Raso da Catarina. Os botões florais foram coletados de material herborizado, depositado no Herbário HUNEB – Coleção Paulo Afonso. O material polinífero foi acetolisado, mensurado e descrito sob microscopia óptica e eletrônica de varredura (MEV). A família Passifloraceae está representada na Ecorregião Raso da Catarina por quatro espécies pertencentes ao gênero Passiflora: P. cincinnata Mast., P. foetida L. P. luetzelburgii Harms e P. setacea DC. Todas as espécies apresentaram grãos de pólen grandes, 6-sincolpados, aberturas aos pares, com três pontopérculos e três pseudopérculos, exina reticulada com a presença de báculos ou grânulos no interior dos grandes retículos sinuosos. Os resultados obtidos mostraram uma uniformidade morfopolínica caracterizando o gênero Passiflora na área de estudo como estenopolínico.
Mostrar más [+] Menos [-]Caracterização arbórea da principal praça de Almenara, Minas Gerais
2020
Marival Pereira de Sousa | Arine Barbosa Ferreira da Silva | Maria Otávia Silva Crepaldi | Allivia Rouse Carregosa Rabbani
A arborização urbana é imprescindível para um melhor conforto da cidade. Contudo, existem aspectos que devem ser levados em consideração para que atinja todo seu potencial ambiental e social, como escolha de espécies e técnicas adequadas de plantio. O presente trabalho objetivou analisar a composição florística e a estrutura fitossociológica das árvores da praça Dr. Hélio Rocha Guimarães, em Almenara (MG), visando a colaborar com informações que possam auxiliar no correto planejamento e gestão da arborização da praça. Na pesquisa, foram levantados dados como número de árvores com padrão de altura mínima de dois metros, nome comum, nome científico, família, origem, porte, condição fitossanitária, além de aspectos dendrométricos e podas sofridas, condição do espaço livre da planta e do sistema radicular, e espaçamento entre árvores. Foram encontradas 47 árvores entre nove diferentes espécies, das quais 55,6% de origem exótica. Quanto ao número de árvores, a predominância é de nativas (72,3%); dentre elas, a Licania tomentosa (Benth.) Fritsch ou oiti (55,3%). As árvores são em sua maioria de grande porte (87%), com média de altura total de 12 m, ocupando área média de copa de 132,6 m2 e espaçamento entre si de 9,46 m. A praça apresentou um conforto do ponto de vista ambiental, considerando os aspectos estéticos e de conforto térmico. Contudo, deficitário em termos de diversidade biológica e, considerando que as árvores possuem bom espaçamento entre si, a mobilidade dos seus frequentadores fica comprometida apenas em relação aos danos causados por afloramento de raízes em alguns locais.
Mostrar más [+] Menos [-]Inhotim: o paisagismo e a identidade do jardim botânico
2020
Nayara Mesquita Mota | Juliano César Borin | Filipe Lorenzo Framil | Sabrina Silva Carmo
A transformação da paisagem pela combinação singular de arte contemporânea e botânica é uma marca do Instituto Inhotim. Uma combinação que estimula reflexões sobre cultura e biodiversidade. Devido ao paisagismo diverso e intenso, seu acervo botânico tornou-se tão relevante que, associado a outros fatores, permitiu o reconhecimento do Inhotim como jardim botânico em 2010. Esse trabalho demonstra como o paisagismo é o principal fio condutor das práticas do Inhotim enquanto jardim botânico, apresentando práticas atuais e desafios futuros. A partir do paisagismo, outras questões relevantes surgem, como a conservação da biodiversidade, a sustentabilidade e a educação ambiental. Tais questões levaram a práticas como a busca pela gestão sustentável dos recursos naturais, a pesquisa científica, a conservação de remanescentes florestais, a divulgação do conhecimento botânico através da sinalização do acervo, entre outras. Muitos desafios permanecem, mas o reconhecimento da identidade do jardim botânico movido pelo paisagismo permite o fortalecimento dessas atividades.
Mostrar más [+] Menos [-]Caracterização botânica e avaliação do potencial antimicrobiano do mel produzido por Apis mellifera L, Melipona scutellaris Latreille e Tetragonisca angustula Latreille (Hymenoptera: Apidae) em um fragmento de floresta ombrófila densa no estado da Bahia, Brasil
2020
Marcel Carvalho de Jesus | Débora Cavalcante de Oliveira | Luis Enrique Rodriguez Figueroa | Hugo Neves Brandão | Hélio Mitoshi Kamida | Francisco de Assis Ribeiro dos Santos
Este estudo busca caracterizar, através dos grãos de pólen, a origem botânica de amostras de mel produzido por Apis mellifera, Melipona scutellaris e Tetragonisca angustula, identificando recursos vegetais partilhados e analisando também a capacidade antimicrobiana das amostras. Trinta amostras foram analisadas e 13 apresentaram atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus. Foram identificados 154 tipos polínicos compondo o espectro polínico dos méis analisados; 133 tiveram sua afinidade botânica inferida. Desses tipos polínicos, 82 foram observados nos méis de M. scutellaris, 75 nos méis de A. mellifera e 56 nos de T. angustula. Vinte tipos polínicos foram compartilhados nos méis das três espécies de abelha, merecendo destaque, por sua representatividade, as famílias Myrtaceae e Fabaceae. Apenas sete tipos ocuparam a classe de frequência de pólen dominante. A partir dos dados levantados, observa-se que os méis estudados se caracterizam como multiflorais e apenas alguns deles apresentam atividade antimicrobiana contra S. aureus.
Mostrar más [+] Menos [-]Plantas ornamentais no Jardim Botânico FLORAS
2020
Tainá Jardim Antunes | Cristiana Barros Nascimento Costa | Vinícius Castro Santos | Jorge Antonio Silva Costa
Um jardim botânico é um espaço que proporciona a conservação ex situ da biodiversidade, mantendo plantas vivas. O Jardim Botânico FLORAS (JBFLORAS) ocupa o campus Sosígenes Costa (CSC) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) e possui um remanescente de Mata Atlântica. O trabalho foi desenvolvido no CSC da UFSB, em Porto Seguro, Bahia, Brasil, área antes ocupada pelo Centro Cultural e de Eventos do Descobrimento. Foram realizadas coletas nos jardins do campus e na mata no período de março/2017 a fevereiro/2018. As plantas foram herborizadas e incorporadas ao herbário Prof. Geraldo C. P. Pinto (GCPP). Foram identificadas 86 espécies de plantas ornamentais distribuídas em 78 gêneros e 39 famílias. As famílias mais diversas em número de espécies foram: Arecaceae e Leguminosae (seis espécies); Asparagaceae, Bignoniaceae e Orchidaceae (cinco espécies); e Araceae, Bromeliaceae, Myrtaceae e Rubiaceae (quatro espécies). O hábito predominante foi o herbáceo (29 espécies), seguido pelo arbóreo (25 espécies) e arbustivo (20 espécies). Foram levantadas 10 espécies de plantas nativas com potencial ornamental presentes no fragmento de Mata Atlântica do JBFLORAS. A maior parte das espécies cultivadas (53,5%) tem origem exótica e 46,5% são nativas da Mata Atlântica. Sugere-se a introdução de outras espécies nativas aos espaços do Jardim Botânico no intuito de enriquecer a conservação ex situ e valorizar o uso das plantas nativas.
Mostrar más [+] Menos [-]Cactaceae em um fragmento florestal urbano de Vila Velha, Espírito Santo, Brasil
2020
Weverson Cavalcante Cardoso | Rodrigo Theófilo Valadares | Luciana Dias Thomaz | Valquíria Ferreira Dutra
Cactaceae é uma família quase que exclusivamente endêmica do Novo Mundo. No estado do Espírito Santo, Brasil, a família é pouco amostrada e inventários florísticos de seus representantes são escassos. O objetivo deste trabalho foi realizar a flora das espécies de Cactaceae ocorrentes em um fragmento urbano antropizado na Floresta Atlântica no Espírito Santo. Foram realizadas excursões quinzenais no período entre agosto de 2011 e julho de 2012. Nove espécies de Cactaceae foram encontradas, pertencentes a sete gêneros. Três das espécies são endêmicas da Floresta Atlântica e duas são citadas como ameaçadas de extinção, uma delas registrada para o Espírito Santo pela primeira vez, após uma lacuna aproximada de um século. Nossos dados ressaltam a importância da conservação do fragmento florestal e a necessidade de estudos acerca da família em outras áreas do estado. Apresentamos uma chave taxo-nômica ilustrada, descrições, comentários sobre a taxonomia, distribuição geográfica e ecologia das espécies, além da conservação de suas populações na área.
Mostrar más [+] Menos [-]Biologia floral, fenologia reprodutiva e polinização de Xylopia aromatica (Lam.) Mart. (Annonaceae) em uma área de Cerrado no oeste da Bahia
2019
Daniele dos Santos Aragão | Cristiana Barros Nascimento Costa | Viviany Teixeira do Nascimento
A família Annonaceae é comum no Cerrado do Oeste da Bahia, mas os estudos sobre a sua biologia floral, reprodutiva e fenológica na região, bem como dados sobre seus polinizadores, são raros. Uma das espécies comuns na área é a Xylopia aromatica (Lam.) Mart. cujos aspectos reprodutivos, motivo do presente trabalho, são pouco conhecidos. O presente artigo realiza também o estudo da biologia floral e reprodutiva, a fenologia e os polinizadores dessa espécie. O estudo foi desenvolvido em uma área de Cerrado no município de Barreiras-BA de outubro de 2015 a setembro de 2017 durante o qual foram feitas as análises da fenologia reprodutiva e dos cruzamentos do sistema reprodutivo, assim como observações da biologia floral e de visitantes florais. As flores de X. aromatica são dicogâmicas do tipo protogínicas. A floração é sincrônica e contínua, possibilitando o fluxo gênico entre os indivíduos da espécie. Dentre os visitantes florais, destacou-se um Curculionidae, único encontrado dentro da câmara floral. A protoginia de X. aromatica impede a autopolinização, evidenciando a dependência de polinizadores para seu sucesso reprodutivo. A maior formação de frutos por polinização cruzada, aliada à baixa taxa por geitonogamia, sugere um sistema reprodutivo autoincompatível para essa espécie.
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