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A identidade sociocultural do jovem agricultor na vitivinicultura familiar e sua relação com a sucessão rural
2021
Rodrigo Monteiro | Franklin Peña Mujica
Resumo: A sucessão rural é um processo fundamental para a agricultura familiar e está diretamente ligada à juventude rural. A opção de dar continuidade à profissão dos pais é resultado de um conjunto de fatores, entre os quais a construção de uma identidade de agricultor, a partir de aspectos socioculturais, que é tão importante quanto os aspectos econômicos relacionados à rentabilidade e à segurança financeira. Na Serra Gaúcha, região com altos índices de desenvolvimento humano, a presença de jovens agricultores na vitivinicultura é imprescindível para a sustentabilidade da cultura agrícola e social. A partir do levantamento do perfil de jovens agricultores do município de Bento Gonçalves, Rio Grande do Sul, identificaram-se os fatores que influenciam a construção positiva da identidade social do agricultor familiar, também conhecido como colono. O acesso à educação, cultura, infraestrutura e bens materiais de qualidade, em um processo de socialização mediado pelo trabalho na vitivinicultura familiar, mostrou-se ser importante na decisão dos jovens em continuar morando e trabalhando no meio rural. A participação na gestão da propriedade e a busca de conhecimentos técnicos, formais ou não, também compõem o cenário de estabelecimento da sucessão rural familiar, que envolve tanto jovens homens quanto mulheres, em um processo de reprodução e transformação social.
Mostrar más [+] Menos [-]Trabalho e gestão das mulheres na agricultura familiar: uma análise a partir de estudos feministas e de gênero
2024
Karolyna Marin Herrera | Cristiano Desconsi | Renê Birochi | Daniela Aparecida Pacífico
Resumo: Este artigo objetiva refletir sobre as possibilidades teóricas para os estudos sobre as mulheres rurais no trabalho e na gestão de estabelecimentos familiares tomando como base as contribuições dos estudos de gênero e dos feminismos. Para isso faz-se uma revisão sobre o percurso teórico de gênero e trabalho no meio rural, para então refletir criticamente sobre o conceito de gestão, abordar as particularidades de gestão em estabelecimentos rurais e, por fim, apontar caminhos teóricos para compreensão da gestão de mulheres rurais. Ao longo da análise, identificam-se duas facetas da gestão, a instrumental, proveniente do gerencialismo (management) e a emancipatória, aspecto intrínseco ao organizar (organizing). Nos resultados defendemos que as agências do organizar realizadas pelas mulheres oferecem alternativas para desfazer o gerencialismo embutido nos processos organizacionais, que invisibiliza a atuação das mulheres, possibilitando, assim, a emergência de novas vias de acesso para reposicionar o papel das mulheres em estabelecimentos rurais. Concluimos que essa nova abordagem da gestão considera que os aspectos emancipatórios e coletivos presentes no organizar das mulheres poderão indicar um novo caminho para tratar do conceito e das práticas de gestão.
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