Refinar búsqueda
Resultados 21-30 de 60
Associação de formigas e abelhas-sem-ferrão com Aetalion reticulatum (L.) (Hemiptera: Aethalionidae) em plantio de açaizeiro-de-touceira Texto completo
2021
Rodrigo Souza Santos | Elisandro Nascimento da Silva
O açaizeiro, Euterpe oleracea Martius (Arecaceae), abriga vasta entomofauna, cujas espécies podem ser prejudiciais ou benéficas à planta, utilizando-a como sítio alimentar ou área de refúgio. Assim, esta entomofauna se inter-relaciona e firma relações ecológicas dinâmicas que podem afetar positiva ou negativamente as espécies envolvidas. Este trabalho reporta a associação entre as abelhas-sem-ferrão Trigona amazonensis Duke, Oxytrigona cfr. mellicolor (Hymenoptera: Apidae) e a formiga Camponotus sp. (Hymenoptera: Formicidae) com a cigarrinha-das-frutíferas, Aetalion reticulatum (L.) (Hemiptera: Aethalionidae) em plantio de açaizeiro-de-touceira cv. BRS-Pará localizado no município de Rio Branco, AC. Foi verificado que as três espécies coletam o honeydew secretado por A. reticulatum e protegem as colônias das cigarrinhas da aproximação de outros insetos. Ademais, foi verificado que as três espécies não compartilham o mesmo sítio alimentar, devido ao agressivo comportamento territorial apresentado pelas mesmas.
Mostrar más [+] Menos [-]Nidificação de Nasutitermes cf. callimorphus Mathews, 1977 (Blattodea: Termitidae) em Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker no Parque Estadual do Pico do Itambé, Minas Gerais Texto completo
2025
Natacha Aparecida da Silva | Davi Gomes de Lima | Gabriel de Castro Jacques | Marcos Magalhães de Souza
As bromélias são plantas que frequentemente abrigam diversos insetos em suas rosetas, e estabelecem interações ecológicas com diferentes níveis de dependência. Entre os táxons associados, os cupins destacam-se pelo uso das bromélias como abrigo ou local de forrageamento, embora os registros de nidificação sejam raros. Este trabalho apresenta o primeiro registro de nidificação de Nasutitermes cf. callimorphus Mathews, 1977 (Blattodea: Termitidae) em uma planta de Aechmea bromeliifolia (Rudge) Baker (Bromeliaceae), no Parque Estadual do Pico do Itambé, Minas Gerais, Brasil, realizado de forma ocasional no dia 30 de novembro de 2024. A interação observada mostra o uso da planta como substrato para ninhos, provavelmente em uma colônia policalística, aproveitando-se da umidade e da estrutura oferecida pelo fitotelma. O registro amplia o conhecimento sobre o comportamento de nidificação de cupins e suas interações com bromélias, além de levantar questões sobre os efeitos dessa associação na fisiologia da planta hospedeira.
Mostrar más [+] Menos [-]Possível uso de ninho de Mischocyttarus ypiranguensis Fonseca, 1926 (Hymenoptera: Vespidae) para camuflagem de mãe-da-lua Ameropterus sp. (Neuroptera: Ascalaphinae: Ululodini) Texto completo
2024
Eike Daniel Fôlha Ferreira | Gabriel de Castro Jacques | Marcos Magalhães de Souza
A camuflagem é uma estratégia de sobrevivência para muitos insetos. Neste trabalho, o objetivo é apresentar informações sobre a etologia de Ameropterus sp. (Ascalaphinae), em relação a uma possível estratégia de camuflagem em ninho abandonado de vespa social. Observamos um indivíduo de Ameropterus sp. repousado sobre as células de um ninho abandonado da vespa social Mischocyttarus ypiranguensis Fonseca, 1926. O Ameropterus sp. encontrava-se com o corpo e antenas esticadas, assim como as asas sobre o tórax e abdome, o que dificultava a visualização de seu corpo. Além disso, também apresentava coloração e forma similar ao do ninho da vespa social, o que sugere uma possível estratégia de camuflagem. Este comportamento pode ser uma adaptação para dificultar sua visualização, fornecendo proteção contra predadores diurnos. Nossas observações permitem criar a hipótese de que algumas espécies de Ascalaphinae possam utilizar ninhos abandonados de vespas sociais como proteção baseada em camuflagem, mas são necessários mais estudos para melhor avaliação dessa possível condição, pois pode ser também uma situação casual.
Mostrar más [+] Menos [-]Larvas de Odonata (Insecta) em um trecho do rio Marambaia, ilha da Marambaia, Rio de Janeiro, Brasil: distribuição e preferência por substratos Texto completo
2024
Karoline Oliveira de Souza | Antônio Igor Vieira Bernardo | Arize Duarte Vieira | Evaldo Alves Joaquim Junior | Gisele Luziane de Almeida | Jéssica Furtado de Andrade | Leandro Ferreira Gouvêa | Rachel Amaro de Souza | Fernanda Avelino-Capistrano
Odonata é uma importante ordem de insetos hemimetabólicos com grande representação popular. As larvas são aquáticas e podem colonizar ambientes lóticos e lênticos. O objetivo deste estudo foi verificar a distribuição de larvas de Odonata em diferentes substratos, caracterizar o padrão de distribuição destas larvas e verificar a preferência por micro-habitat dos indivíduos em relação aos substratos em um trecho do Rio Marambaia, na Ilha da Marambaia, Rio de Janeiro. A Ilha da Marambaia está localizada na Baía de Sepetiba sendo uma importante área de Mata Atlântica preservada, que se encontra sob jurisdição do corpo de Fuzileiros Navais. Coletas mensais foram realizadas entre os meses de julho/2018 a junho/2019, em três áreas de 100 m, ao longo de um trecho contínuo de 1 km. Coletas manuais foram realizadas em cinco diferentes substratos: areia, folhiço de fundo, folhiço retido, rocha fixa e rocha rolada. Foram coletadas 154 larvas, identificado e distribuído em seis famílias e seis gêneros: Limnetron (Förster, 1907) (Aeshnidae) (n = 14), Argia (Rambur, 1842) (Coenagrionidae) (n = 105), Brechmorhoga (Kirby, 1894) (Libellulidae) (n = 5), Progomphus (Selys, 1854) (Gomphidae) (n = 7), Heteragrion (Selys, 1862) (Megapodagrionidae) (n = 18), Perilestes (Selys, 1862) (Perilestidae) (n = 5). O trecho com maior abundância foi o Trecho 2. Argia foi o gênero mais abundante (68,2% das amostras) e a sua preferência foi pelo substrato rocha; Heteragrion, Limnetron e Perilestes demonstraram ter preferência por substratos com folhiço; Brechmorhoga e Progomphus por substratos com areia, corroborando com dados citados na literatura.
Mostrar más [+] Menos [-]Atratividade e atividade diária dos besouros Histeridae, Scarabaeidae e Staphylinidae (Insecta: Coleoptera) em fragmento florestal de Mata Atlântica no oeste do Paraná, Brasil Texto completo
2023
Elisa de Bastiani Menon | Aylson Dailson Medeiros de Moura Eulalio | Edilson Caron | Fernando Willyan Trevisan Leivas
Histeridae, Scarabaeidae e Staphylinidae (Insecta: Coleoptera) têm sido citadas como bioindicadores de alterações ambientais, porém, pouco se sabe sobre sua atividade diária e atratividade a diferentes tipos de atrativos. O objetivo deste estudo foi avaliar a afinidade das comunidades de Histeridae, Scarabaeidae e Staphylinidae a diferentes tipos de iscas em fragmento florestal urbano de Mata Atlântica, como também seu período de atividade (diurno-noturno). As coletas foram realizadas duas vezes ao dia, utilizando armadilhas pitfall iscadas com fezes humanas, carne bovina em decomposição, banana em decomposição e sem atrativo. Foram instaladas quatro armadilhas dispostas em três transectos, totalizando 12 armadilhas. Foram coletados 532 indivíduos e identificadas 34 espécies: Histeridae, n = 12 e 3 spp.; Staphylinidae, n = 234 e 22 spp.; e Scarabaeidae, n = 286 e 9 spp. Houve diferenças significativas na abundância das três famílias aos diferentes tipos de iscas, e na riqueza e composição de espécies houve apenas em Scarabaeidae e Staphylinidae. Quanto ao período do dia, houve diferenças significativas na riqueza, abundância e composição de Staphylinidae, além de diferenças na composição de Scarabaeidae. Esperamos que os dados possam fornecer informações adicionais sobre as espécies de besouros presentes em ecossistema urbano na Mata Atlântica brasileira, e então, ajudar a orientar estratégias de conservação.
Mostrar más [+] Menos [-]A prática leva a perfeição: qual o tempo de treinamento de coletas para jovens entomólogos tornarem-se eficientes? Texto completo
2023
Rodrigo Aranda | Ana Carolina Porto | Carlo Benetti | Lara Freitas
Entre diversas técnicas de captura de insetos, a captura ativa por rede entomológica é uma das que demandam maior domínio do coletor, para que seja feito o seu uso correto, tendo assim por consequência, uma boa eficiência para a captura dos insetos. O objetivo do trabalho é descrever o tempo necessário para que jovens entomólogos adquiram prática no manuseio do equipamento, bem como comparar a eficiência de captura de insetos. As coletas ocorreram entre abril de 2021 e março de 2022, com intervalo quinzenal. As coletas manuais com rede entomológica foram realizadas por ao menos 4 horas ao longo de cada dia de coleta, por cada um dos integrantes. Para serem feitas as comparações, foram selecionados dois tipos de insetos para serem capturados, abelhas e vespas. Foram obtidos um total de 958 indivíduos de abelhas e vespas amostras. O coletor experiente foi responsável pela coleta de mais de 60% dos indivíduos coletados. A média de captura de indivíduos pelo coletor experiente foi de 16,34 enquanto para os iniciantes foi de 8,86 havendo diferença significativa. Observamos ser necessárias ao menos 10 coletas para os alunos chegarem em valores próximos ao coletor experiente, entretanto a variação sazonal na ocorrência dos insetos interfere na capacidade de localização em campo por se tornarem menos abundantes. Para além do tempo necessário para dominar a técnica, a capacidade de identificar os exemplares de interesse no campo também é relevante. Portanto, o treinamento deve combinar as práticas de campo com observação em laboratório dos exemplares de interesse.
Mostrar más [+] Menos [-]Nidificação de abelhas nativas sem ferrão (Apidae, Meliponini) em substratos arbóreos em áreas antropizadas no município de Inconfidentes, Brasil Texto completo
2023
Cibelle Cristine dos Santos Menino | Gabriel Teófilo Guedes | Marcos Magalhães de Souza
As abelhas da tribo Meliponini, conhecidas popularmente por indígenas ou sem ferrão (ASF), constituem uma tribo de insetos eussociais que utilizam diferentes substratos para nidificação, como ocos e forquilhas de árvore, cavidades no solo e construções humanas. Visando uma melhor compreensão da seleção de substrato para nidificação, o objetivo do presente estudo foi relatar as espécies de Meliponini e as respectivas espécies vegetais utilizadas para nidificação, em áreas antropizadas, no município de Inconfidentes - Minas Gerais. O trabalho foi conduzido em três áreas no período de abril de 2021 a fevereiro de 2022. Foram registrados 13 ninhos de cinco gêneros/espécies de meliponíneos ocupando diferentes famílias/espécies arbóreas. Os meliponínios encontrados foram Scaptotrigona sp., Tetragonisca angustula (Latreille), Plebeia droryana (Friese), Tetragona clavipes (Fabricius) e Cephalotrigona capitata (Smith), corroborando estudos que apontam os gêneros como bem sucedidos em ocupação de matas perturbadas, com exceção de Cephalotrigona (Schwarz). As árvores mais utilizadas para nidificação de Meliponini foram Eucalyptus sp. e indivíduos da família Lauraceae, Pinaceae e Fabaceae. Os resultados se relacionam ao maior fornecimento de substratos pelos indivíduos de Eucalyptus sp. em área de silvicultura abandonada, com árvores de grande porte com possibilidade de formação de cavidades, e histórico de sucesso de nidificação de ASF em indivíduos das famílias Lauraceae e Fabaceae.
Mostrar más [+] Menos [-]Captura e manejo de abelhas nativas sem ferrão: um guia técnico de captura e manutenção de colônias para uso em ensaios laboratoriais e educacionais Texto completo
2023
Aline Arantes de Oliveira | Bruno Matheus Mendes Dário | Hellem Victoria Ribeiro dos Santos | Giulia Forjaz | Gabriel Benoski | Fernando Augusto Souza Floriano | Leticia Ferreira de Souza | Adriana Bernardes de Jesus | Luiza Brum Rodrigues | Althiéris de Souza Saraiva
As abelhas nativas sem ferrão desempenham um papel imprescindível no setor econômico e ecossistêmico. São valiosas não apenas comercialmente, devido ao mel com propriedades medicinais únicas, mas também como polinizadoras, promovendo a diversificação biológica das plantas e interações ecológicas entre espécies. No entanto, essas abelhas têm enfrentado declínio a longo prazo e em escala significativa. Este guia técnico foi desenvolvido para preencher lacunas de informações técnicas, visando auxiliar pesquisadores, educadores e técnicos envolvidos em estudos com abelhas nativas. O guia destaca o uso de garrafas PETs e caixas Tetra Pak para captura e criação de abelhas nativas, enfatizando a redução de custos e a sustentabilidade. Foi elaborado por meio de compilações cuidadosas de informações provenientes de pesquisa bibliográfica, utilizando o Google Acadêmico e a CAPES Periódicos. Os principais tópicos deste guia incluem o processo de captura das abelhas nativas, práticas de criação econômica e os benefícios para pesquisadores, agroecossistema e meio ambiente. Este guia representa uma contribuição significativa para a preservação das abelhas nativas e o avanço contínuo da pesquisa.
Mostrar más [+] Menos [-]Nidificação de Parachartergus pseudapicalis Willink em substrato vegetal (Hymenoptera, Polistinae) Texto completo
2022
Eike Daniel Folha Ferreira | Tomás Matheus Dias de Oliveira | Gabriel Silva Teofilo-Guedes | Marcos Magalhães de Souza
Vespas sociais utilizam diferentes substratos para nidificação, incluindo construções humanas e numerosas espécies vegetais. Trabalhos já foram publicados a respeito da seleção de substratos para nidificação por vespas neotropicais, todavia há poucas informações para a espécie Parachartergus pseudapicalis Willink. No presente trabalho, reportam-se quatro registros de nidificação desta espécie, no domínio de Mata Atlântica, em 2013, 2014 e 2022, no município de Inconfidentes, Minas Gerais. Levou-se em consideração seleção de substrato e coletando-se os indivíduos para identificação das espécies. Não se encontraram padrões de similaridade morfológica entre as espécies vegetais que pudessem evidenciar preferência das vespas, mas sim quando consideradas as ocorrências no contexto da paisagem, de modo que os ninhos se encontravam em áreas de topografia relativamente deprimida e nas proximidades de corpos de água. Portanto, considera-se que a presença de recursos hídricos possa ser a variável de importância para a seleção de substratos para nidificação por P. pseudapicalis.
Mostrar más [+] Menos [-]Opiliofauna (Arachnida, Opiliones) de campos de Altitude no município de Poços de Caldas, Minas Gerais, Brasil Texto completo
2022
Thiago Henrique dos Reis Pádua | Luis Gustavo Talarico Rubim | Mireile Reis dos Santos | Marcos Magalhães de Souza
Há carência de estudos de inventários sobre opiliões em campos de altitude no Brasil, portanto, o presente trabalho objetivou ampliar informações sobre a opiliofauna desse ecossistema no município de Poços de Caldas, Minas Gerais. As coletas foram realizadas no período noturno, com quatro campanhas entre os meses de novembro de 2020 a março de 2021, totalizando 16 dias com 48 horas de esforço amostral. Foram coletadas quatro espécies e uma morfoespécie, que somam dois novos registros para a região, Mischonys squalidus Bertkau (Opiliones: Gonyleptidae) e Sclerosomatidae gen. sp. 1, ampliando a fauna de opiliões em campos de altitude do município para 11 espécies e uma morfoespécie.
Mostrar más [+] Menos [-]