Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia do Ambiente - Perfil Engenharia Sanitária | Atualmente, perante os atuais problemas de escassez de água, o recurso à modelação matemática na simulação de sistemas de abastecimento constitui, cada vez mais, uma ferramenta essencial para uma gestão eficiente das entidades gestoras, nomeadamente no que se refere aos usos da água. O domínio de aplicação dos modelos de simulação é diverso, incluindo as atividades de planeamento, projeto, operação e manutenção. O trabalho é iniciado com o levantamento do estado da arte dos modelos de simulação hidráulica de sistemas de abastecimento de água. Os modelos descritos foram os seguintes: Hidrocad, Epanet, Strumap, Synergee Watercad e I.N.S.S.A.A., desenvolvido pelo LNEC. Posteriormente, efetuou-se uma análise comparativa, com o objetivo de eleger o modelo com as melhores características técnico – económicas, a aplicar na simulação de um sistema de abastecimento. O modelo de simulação hidráulica aplicado ao caso de estudo, Sistema de Abastecimento de Água do Instituto de Investigação Agronómica de Chianga, em Angola foi o Epanet 2.0. A partir dos resultados obtidos formulam-se vários cenários de dimensionamento do sistema e de sugestões para implementar em fase de exploração. Os cenários apresentados, e todos os que futuramente possam ser criados permitem uma otimização da eficiência do sistema ao nível de dimensionamento, gestão e planeamento. Os sistemas de abastecimento de água são normalmente complexos, o que fundamenta o desenvolvimento e utilização dos modelos de simulação hidráulica. O desenvolvimento do caso de estudo permitiu a verificação e validação de parte substantiva dos pressupostos associados à mais valia da aplicação daquele tipo de modelos, nomeadamente no que se refere à verificação das condições hidráulicas (diâmetros, velocidades e pressões), para os vários cenários avaliados.

As águas subterrâneas são aquelas que ocorrem natural ou artificialmente no subsolo, de forma suscetível de extração e utilização pelo homem. Um dos principais problemas que afetam as cidades densamente povoadas são os efeitos da urbanização excessiva, que traz efeitos significativos na quantidade e qualidade da águas subterrâneas. Nos últimos anos, no Brasil, tem-se intensificado a elaboração de instrumentos legais sobre o gerenciamento dos recursos hídricos. Após a Constituição Federal de 88 definir como bens dos estados as águas subterrâneas , o poder de legislar e administrar esses recursos foram repassados a essa esfera da administração pública. A promulgação da Lei Federal n0 9.433/97 é um marco jurídico-institucional do setor. No entanto, no processo de regulamentação dessa lei, verifica-se pouca preocupação com a prática de uma gestão efetivamente integrada das águas superficiais e subterrâneas. Por outro lado, lei não resolve tudo. Há necessidade de estruturas administrativas e técnicas capacitadas para acompanhar sua implantação e o efetivo exercício da legislação.

Segundo o Censo (1991), o Ceará cresceu a uma taxa de 1,7% ao ano, cuja maior concentração populacional ocorreu na RMF (36%) com um crescimento a uma taxa anual de 3,5%, destacando-se em segundo lugar no Brasil. A RMF vem apresentando alguns problemas oriundos dessa expansão populacional, tais como, a ocupação desordenada do solo, a crescente favelização, a ausência de saneamento básico, a poluição dos recursos hídricos e uma oferta d’água tratada insuficiente para atender a demanda solicitada pela população. A ampliação da rede de distribuição de água de Fortaleza, embora contemplando 67% da população e estando limitado o atendimento em razão das variações nos níveis d’água dos reservatórios e da capacidade de transposição de água de outras bacias, gerou benefícios relevantes na qualidade de vida de seus habitantes. Porém, considerando o grande número de domicílios que utilizam água subterrânea como fonte complementar ou principal, pode-se admitir que de 40 a 60% da população consome água subterrânea e/ou a utiliza em suas atividades diárias. Com este projeto de implantação de um sistema de monitoramento/gestão, visa-se estruturar um sistema de abastecimento d’água estratégico para o caso de possíveis colapsos no sistema principal.

A crescente degradação dos ecossistemas e a escassez dos recursos hídricos tem comprometido o bem-estar humano e gerado diversos problemas socioambientais. Neste contexto, os projetos de Soluções baseadas na natureza (SBN) para problemas relacionados à água têm sido implementados em grande escala nos últimos anos. O presente trabalho teve por objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a temática a fim de identificar padrões e lacunas que devem ser considerados em para o avanço e melhoria de projetos de SBN. A literatura sobre o tema relata alguns gargalos dos projetos como: falta de métodos de monitoramento integrados a todas dimensões do projeto, dificuldade de identificar resultados no curto e médio prazo, falta de recursos entre outros. Além disso, os projetos existentes, por diversas limitações, acabam por focar na dimensão ambiental, não implementando uma gestão integrada de processos sustentáveis visando envolver todos atores e esferas que atuam no projeto. Todas estas questões envolvem pontos relacionados ao processo de gestão dos projetos de (SBN), área que precisa ser fortalecida para uma melhor eficácia das ações implementadas.

O Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM - é o órgão responsável pela gestão dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos em Minas Gerais; essa gestão nos dias atuais é realizada, principalmente, por meio do instrumento de outorga de direito de uso das águas. A análise dos dados constantes dos processos de outorga permite, entre outros, traçar um panorama dos usos da água subterrânea no Estado. Este trabalho visa apresentar um diagnóstico dos usos da água subterrânea no Estado e incrementar a discussão sobre o aumento da explotação de água subterrânea, problemas de escassez, indisponibilidade hídrica superficial e inviabilidade econômica em gastos com tratamento de água e com redes de adução.

Esse trabalho buscou a identificação das formas de captação de água subterrânea das atividades industriais e de serviços, licenciadas pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre-IMAC, localizadas no município de Rio Branco. O método utilizado para o desenvolvimento deste projeto foi atividade de campo, através das visitas técnicas da equipe integrante da Divisão de Indústria e Serviços-DIIS do Instituto de Meio Ambiente do Acre-IMAC nos empreendimentos, a partir da solicitação do licenciamento ambiental ou da renovação da licença. O levantamento realizado pela Divisão, identificou 35 empreendimentos que captam água subterrânea, através de poços rasos. Este levantamento subsidiará o Órgão de Controle Ambiental-OCA do Estado do Acre, mas precisamente a Divisão de Recursos Hídricos do Instituto de Meio Ambiente do Acre-IMAC, na tomada de decisões para o planejamento, gestão e o controle ambiental da utilização dos recursos hídricos subterrâneos como insumo do processo produtivo dos empreendimentos localizados no município de Rio Branco, bem como assegurar o controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água através do regime de outorga.

Esse trabalho buscou a caracterização e identificação das formas de captação de água subterrânea para comercialização em caminhão-pipa e também do abastecimento individual da comunidade residente nas áreas da Corrente/Vila Acre/Vila da Amizade, localizada no 2º Distrito do município de Rio Branco. Esta região, por ser uma área de expansão urbana, cresceu de forma desordenada e apresenta alta concentração populacional, com deficiências de infraestruturas básicas (vias de acesso, saneamento básico, etc.), estando sujeita a conflitos advindos da exploração de água subterrânea. O método utilizado para o desenvolvimento do trabalho foi atividade de campo e consulta aos órgãos públicos do Estado do Acre. Foram identificados 42 (quarenta e dois) pontos de captação de água subterrânea através de poços semi-artesianos/rasos, para comercialização em caminhão-pipa e, 453 (quatrocentos e cinqüenta e três) de captação individual de poços do tipo amazonas (cacimbas) e semi-artesianos/rasos. As informações foram obtidas junto ao Instituto de Meio Ambiente do Acre-IMAC, na Gerência de Recursos Hídricos. O levantamento constituiu-se de subsídio para o Órgão ambiental na tomada de decisões para o controle ambiental, através de planejamento, execução egestão da utilização dos recursos hídricos subterrâneos, bem como da mediação dos conflitos gerados pela superexplotação da água na região.

O presente trabalho foi realizado buscando identificar o potencial poluidor das sub-bacias de contribuição para o reservatório de Barra Bonita – SP, relacionado à qualidade da água, considerando suas características antrópicas e fisiográficas, no intuito de fornecer subsídios à gestão de recursos hídricos na bacia em questão.