É necessário desenvolver novas possibilidades e ferramentas sustentáveis para o manejo do Fusarium oxysporum f. sp. cubense (Foc) em bananeiras, que sejam amigáveis ao meio ambiente e permitam a recuperação e aproveitamento dos solos afetados pela doença. Este estudo teve como objetivo verificar se lodos das Estações de Tratamento de Água (ETAs) de Hortolândia e Monte Mor, SP, liberam compostos orgânicos voláteis (COVs) que inibem o crescimento micelial de Foc. Em uma seção da placa de Petri bipartida, contendo BDA + cloranfenicol, foi transferido um disco de micélio de 5 mm de diâmetro da cultura pura de Foc com sete dias. Na outra seção, foram adicionados 10 g da mistura de solo e lodo de ETA nas concentrações de 0, 5, 15, 25, 50, 75 e 100% (v:v). A umidade nas diferentes concentrações foi ajustada em 60%, e as placas foram vedadas com Parafilm e mantidas em BOD durante três dias a 25 ± 2 ºC e fotoperíodo de 12 h. O diâmetro da colônia foi determinado em duas direções perpendiculares com auxílio de um paquímetro digital. Foi avaliado o índice de velocidade de crescimento micelial (IVCM), conforme a fórmula: IVCM = +(D-Da) /N, onde; D = diâmetro médio atual da colônia; Da = diâmetro médio da colônia do dia anterior; N = número de dias após a inoculação. Os ensaios foram repetidos três vezes, com quatro repetições para cada tratamento. Não houve diferença significativa no IVCM entre as médias dos tratamentos (p > 0,05) e o controle. A exposição aos compostos voláteis não apresentou evidência de redução do crescimento micelial de Foc.