As Variações na Comunidade de Odonata (Insecta) em Córregos Podem ser Preditas pelo Paradoxo do Plâncton? Explicando a Riqueza de Espécies Pela Variabilidade Ambiental
2013
José Max Barbosa Oliveira Junior | Helena Soares Ramos Cabette | Nelson Silva Pinto | Leandro Juen
португальский. A teoria do Paradoxo do Plâncton postula que ambientes que apresentam flutuações temporais periódicas apresentariam alta diversidade de espécie, uma vez que essas flutuações impediriam a ocorrência da exclusão competitiva. Este trabalho teve como objetivo avaliar a variação da comunidade de Odonata adulto na Bacia do Rio Suiá-Missu, testando a hipótese de que locais que apresentam variáveis ambientais com maiores amplitudes de variação possuiriam maiores riquezas de espécies. Foram amostrados 11 corpos d´água, em uma área de transição Cerrado-Floresta Amazônica na região centro-leste do estado de Mato Grosso, Brasil. As variáveis ambientais avaliadas foram integridade ambiental (HII) e amplitude de variação do pH, condutividade, temperatura do ar, temperatura da água, oxigênio dissolvido, amônia, fósforo e Mg+. Foram coletados 2.144 espécimes, distribuídos em oito famílias, 41 gêneros e 78 espécies. Nossa hipótese não foi corroborada, uma vez que a regressão múltipla entre a riqueza estimada de espécie de Anisoptera e Zygoptera e a amplitude de variação dos fatores físico-químicos não foi significativa para nenhuma das variáveis analisadas, assim como para o HII. Nossos resultados sugerem que as variações na comunidade de Odonata em córregos não podem ser explicadas pelo Paradoxo do Plâncton. Acreditamos que este resultado pode ter ocorrido principalmente devido às baixas variações nas condições ambientais analisadas, ação de outros processos locais, como a competição e predação, ou por diferenças ecofisiológicas, resultado da variação de tamanho corporal e da capacidade de termorregulação dos adultos na ordem estudada.
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