Mudanças de uso da terra e emissão de gases de efeito estufa na Amazônia Legal.

Ministério da Educação, Universidade Federal Rural da Amazônia, CAPES e FAPESPA.

Os riscos que o aquecimento global traz para a humanidade faz necessário a realização de estudos que melhorem o entendimento de como os diversos setores contribuem com as emissões de gases de efeito estufa (GEE) para atmosfera. Aqui, avaliamos o efeito da mudança de uso da terra nas emissões de GEE associadas ao aumento da temperatura e input de N no solo. Ademais, também levantamos mediante revisão de literatura as principais rotas de emissão dos GEE. Os resultados mostram que os sistemas avaliados (mata nativa - MN, pasto intensivo - PI, pasto extensivo -PE e agricultura - AG) quando apenas em função do uso da terra comportam- se como emissores de óxido nitroso (N2O) com uma média de 107,67 μg N2O.g de solo seco-1 e consumidores de metano (CH4) com uma média de -146,5 μg CH4.g de solo seco-1 , em adicional, o aumento da temperatura do solo também impulsionou as emissões N2O, sendo que a temperatura de 45 °C gerou uma produção de N2O 42 e 22 vezes mais alta nos sistemas de PE e AG respectivamente em comparação com a média do sistema de MN. Já em relação ao metano a temperaturas de 45 °C gerou um aumento de consumo com uma média de -452 μg CH4.g de solo seco-1 , equivalente a 1,92 e 7,38 vezes a capacidade média de emissão encontradas nas temperaturas de 25 e 35 °C respectivamente. Os resultados do input de N mostraram que o aumento de N no solo gerou uma maior emissão de N2O, em que doses de 180 e 270 Kg.N.ha1 produziram 5 vezes mais que a média dos inputs de 0 e 90 Kg.N.ha1 , já sobre o CO2, o input de 180 Kg.N.ha1 foi o que mais se destacou, com uma média de 1094 μg CO2.g de solo seco-1 . Em função do input de N os sistemas comportaram-se como consumidores de metano (média de -301 μg CH4.g de solo seco-1 ), exceto o sistema de pastagem intensiva sem a aplicação de N. Os comportamentos de emissão encontrados nas incubações controladas se assemelham a comportamentos observados em trabalhos extraídos da revisão, sendo possível assim, sustentar as hipóteses levantadas.

The risks that global warming brings to humanity make it necessary to carry out studies that improve the understanding of how the various sectors built with greenhouse gas (GHG) emissions into the atmosphere. Here, we assess the effect of land-use change on GHG emissions associated with increased temperature and soil N input. In addition, we also surveyed the main GHG emission routes through a literature review. The results show that the evaluated systems (native forest - MN, intensive pasture - PI, extensive pasture -PE and agricultural - AG) when only due to land use behave as emitters of nitrous oxide (N2O) with an average of 107.67 μg N2O.g dry soil-1 and methane (CH4) consumers with an average of -146.5 μg CH4.g dry soil-1 , in addition, rising soil temperature also boosted emissions N2O, and the temperature of 45 °C generated a N2O production 42 and 22 times higher in the PE and AG systems respectively compared to the average of the MN system. Regarding methane at temperatures of 45 °C, it generated an increase in consumption with an average of -452 μg CH4.g of dry soil-1 , equivalent to 1.92 and 7.38 times the average transmission capacity compatible at temperatures of 25 and 35 °C respectively. The N input results surprised that the increase of N in the soil generated a higher N2O emission, in which doses of 180 and 270 Kg.N.ha-1 produced 5 times more than the average of inputs of 0 and 90 Kg. N.ha-1 , as for CO2, the input of 180 Kg.N.ha-1 stood out the most, with an average of 1094 μg CO2.g of dry soil-1 . Depending on the N input, the systems behaved as methane consumers (average of -301 μg CH4.g of dry soil-1 ), except for the intensive pasture system without N application. The emission behaviors found in incubations controlled are similar to behaviors observed in works extracted from the review, thus being possible, supporting the raised hypotheses.