Caracterização clínica e epidemiológica das leishmanioses em cães no Estado de São Paulo
2013
Cauê Pereira Toscano | Claudio Nazaretian Rossi | Vítor Márcio Ribeiro | Marcia Dalastra Laurenti | Carlos Eduardo Larsson
Caracterizou-se retrospectivamente, a partir do ano de 1997 até março de 2008, a ocorrência de casos de leishmaniose, visceral ou tegumentar, dentre os cães dermatopatas atendidos em serviço especializado de hospital-escola veterinário de Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo. Para o diagnóstico em 427 animais, foram utilizados testes sorológicos (Ensaio Imunoenzimático Indireto, Imunofluorescência Indireta e/ou Fixação de Complemento), parasitológicos diretos e moleculares (Reação em Cadeia da Polimerase), que resultaram na confirmação de 117 (27,4%) casos positivos. Da amostragem, 96 (82,1%) eram cães de raça definida, os demais 21 (17,9%) não dispunham de plena definição racial, sendo 57 (48,7%) fêmeas e 60 (51,3%) machos. Quanto à faixa etária, 26 (22,2%) apresentavam idade inferior a 36 meses, 48 (41%) entre 36 e 84 meses e 43 (36,8%) ultrapassavam o sétimo ano de vida. Considerou-se 64 (54,7%) cães como oligossintomáticos, 44 (37,6%) sintomáticos e os nove (7,7%) remanescentes como assintomáticos. As principais alterações clínicas observadas foram, em ordem decrescente, lesões tegumentares, linfonodomegalia, anemia, disorexia, prostração e esplenomegalia. Quanto às alterações hematológicas, a mais importante foi a linfopenia relativa e absoluta. Dos animais positivos para a enfermidade, 96 (82,1%) correspondeu a casuística alóctone ao Município de São Paulo.
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