Úlcera de Córnea profunda em cães e equinos, uma abordagem clínica e cirúrgica – revisão de literatura
2023
Gurjão, Thyago Araújo
португальский. A úlcera de córnea profunda se apresenta como uma das causas mais comuns de doença ocular que ocasionama perda de visão em cães e equinos. Compreende diversos tipos de trauma, produção lacrimal inadequada,lesões químicas, função palpebral inadequada, defeitos palpebrais, corpo estranho, invasão ou respostaimunológica inadequada aos microrganismos. As doenças alérgicas, metabólicas, endócrinas, neurotróficas eidiopáticas, são mais comuns em equinos, mas acomete também com frequência os cães e podem variar entrepequenas erosões do epitélio corneal até úlceras perfurativas. A córnea é a estrutura mais externa do globoocular, avascular, completamente transparente e em conjunto com o cristalino faz a convergência dos raiosluminosos até a retina de forma que podem ser comprometidos por cicatrizes corneanas e por perfurações queculminam em sinéquia anterior, endoftalmite, colapso de câmara anterior, glaucoma e atrofia de corpo ciliar.Os sinais clínicos da enfermidade são caracterizados por desconforto e dor ocular, fotofobia, blefaroespasmo,descarga ocular, epífora e perda da transparência corneana. O diagnóstico deve começar com anamnese ehistórico do paciente e deve ter por principais pontos abordados a progressão e as circunstâncias da lesão e sedá por meio da realização de exames como: neuro-oftalmológico que avalia os nervos cranianos relacionadosa visão, teste de resposta a ameaça e reflexo pupilar, exame do aparelho nasolacrimal e estruturas anexas doolho, observação das pálpebras, esclera e conjuntiva, avaliação de simetria e possíveis defeitos, uso do testede Schirmer, função do ducto nasolacrimal (teste de Jones I). O exame do segmento anterior do olho comintuito de excluir a presença de opacidade na córnea, tonometria: medição da pressão intraocular, exame dosegmento posterior, observação do fundo do olho, citologia e cultura corneal, amostra de periferia da úlcera,corantes oftálmicos, avaliação de integridade da córnea, conjuntiva e funcionamento fisiológico do sistemanasolacrimal. Os corantes utilizados são: Fluoresceína sódica e rosa bengala. A terapêutica clínica é feita pelouso de antimicrobianos tópicos e é o pilar da base do tratamento das úlceras, pois atuam impedindo acontaminação e disseminação bacteriana. A frequência das aplicações dos colírios é importante e varia deacordo com o estágio da ulceração, no caso das úlceras superficiais não complicadas e para fins de prevenção,a utilização é realizada em menor frequência. As classes disponíveis para uso na forma de colírio são basicamente: aminoglicosídeos, quinolonas e cloranfenicol, em forma de pomadas: Polimicina B, bacitracinae tetraciclinas e para aplicação subconjuntival: betalactâmicos como as penicilinas e cefalosporinas, que podemser indicados de forma mais específica após a realização de cultura bacteriana. Mediante a análise clínica ehavendo necessidade cirúrgica, há procedimentos cirúrgicos que visam evitar a progressiva perda da visão.Dentre as técnicas mais utilizadas temos: aplicação de adesivos teciduais (adesivo de fibrina, etilcianoacrilatoe o n-bul cianoacrilato, Super Bonder®, Vetb, e ainda as técnicas de recobrimento conjuntival em ponte, em180 e 360 graus e o recobrimento palpebral. Para o sucesso do tratamento é essencial o uso de colar elisabetanoe dos cuidados recomendados. O prognóstico é reservado podendo evoluir para a cura dependendo do grau dalesão e da resposta do paciente.
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