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Instituições na pecuária de corte e sua influência sobre o avanço da sojicultura na Campanha Gaúcha - Brasil
2020
Cinthia Simões da Silva | João Garibaldi Almeida Viana
Resumo: A produção pecuária é uma atividade de tradição no Rio Grande Sul, caracterizada historicamente por sua exploração em sinergia com os campos naturais do Bioma Pampa. No entanto, nas últimas décadas ocorreu forte expansão das lavouras de soja no Pampa brasileiro, determinando mudanças estruturais na atividade e na forma de o pecuarista “pensar”. Sob a perspectiva teórica da Economia Institucional, estas mudanças no ambiente social e econômico da atividade pecuária podem ser explicadas pelo comportamento de diversas instituições. Dessa forma, o objetivo do estudo foi analisar as instituições da pecuária de corte e sua influência no avanço da soja na Campanha Gaúcha. A pesquisa teve um caráter descritivo e explicativo, a partir de uma abordagem quantitativa. O método utilizado foi o survey, com a aplicação de um questionário em uma amostra de 95 pecuaristas, sendo 53 “pecuaristas tradicionais” e 42 “pecuaristas sojicultores”. A análise dos dados seguiu as técnicas de análise fatorial exploratória, teste de hipótese t-student e regressão Tobit múltipla. Como resultados, foram identificados quatro tipos de instituições na pecuária: Instituições Econômicas, Instituições Organizacionais, Instituições Comportamentais e Instituições Socioambientais. O modelo Tobit demonstrou que o avanço da soja na região é influenciado por motivações de ordem econômica, enquanto instituições informais, como hábitos e padrões de comportamento socioambientais, reprimem o crescimento da cultura agrícola nas propriedades. Como contribuição, o estudo buscou explicar os determinantes institucionais da recente expansão da soja no Pampa Gaúcho, trazendo elementos capazes de induzir políticas de desenvolvimento sustentável e extensão rural nesse território.
Показать больше [+] Меньше [-]Uma perspectiva evolucionária da economia agrícola: o caso da produção ovina no Brasil e Uruguai
2014
João Garibaldi Almeida Viana | Paulo Dabdab Waquil
O objetivo do artigo é desenvolver conceitos institucionais e evolucionários a fim de subsidiar a análise de mercados agrícolas. A construção teórica e analítica foi aplicada no caso da evolução da ovinocultura para responder à questão: variáveis institucionais e evolucionárias são determinantes para o aumento da produção de ovinos no Brasil e no Uruguai? A hipótese da pesquisa reside na importância das variáveis institucionais e evolucionárias no processo produtivo, sendo decisivo o papel das regras informais e da dinâmica econômica para o desenvolvimento futuro da atividade. Os dados do caso empírico foram analisados por meio de testes de hipóteses paramétricos e análise de regressão logística. Os resultados encontrados demonstram que fatores institucionais foram determinantes, tanto na manutenção de ovinocultores após um processo de mudança estrutural, como na pretensão futura de aumento da produção ovina nas duas regiões estudadas, apontando um papel decisivo para as regras informais da sociedade (costumes, tradições etc.) e modos não econômicos de pensar na dinâmica econômica da atividade após períodos de desequilíbrios. A pesquisa demonstrou a possibilidade da aplicação de pressupostos econômicos evolucionários, buscando, além de compreender o fenômeno, estimular o fortalecimento desta aproximação teórico-empírica em diversos temas da área da economia agrícola.
Показать больше [+] Меньше [-]Dinâmica da agricultura e desenvolvimento no Rio Grande do Sul
2003
Benedito Silva Neto | Telmo Rudi Frantz
O papel fundamental desempenhado pelas atividades econômicas não-agrícolas no desenvolvimento rural brasileiro tem sido evidenciado por vários estudos. O presente trabalho tem como objetivo analisar a hipótese de que uma parte importante das atividades não-agrícolas presentes no meio rural da maioria dos municípios do Rio Grande do Sul foi originada pela demanda de bens e serviços da própria população destes municípios. Uma análise da formação dos municípios ao longo da história do Rio Grande do Sul indicou que a densidade demográfica, assim como o nível e a distribuição da renda dos agricultores são variáveis importantes para explicar o seu desenvolvimento. A partir destas constatações elaborou-se um modelo matemático analítico que permitisse explicitar as relações destas variáveis (população rural, nível e distribuição da renda) com a demanda de bens e serviços locais. Os resultados obtidos no trabalho, especialmente as implicações formais dos modelos formulados, indicam que a manutenção da população no campo, a ampliação da renda dos agricultores e a promoção de uma melhor distribuição desta renda, podem ser elementos importantes de uma política de estímulo a atividades nãoagrícolas no meio rural, o que, no entanto, não exclui a necessidade de medidas específicas de apoio à criação de atividades não-agrícolas como, por exemplo, crédito, assistência técnica e capacitação de recursos humanos.
Показать больше [+] Меньше [-]Uma análise empírica sobre os determinantes da quantidade de produtores de alimentos orgânicos nos municípios brasileiros
2023
Alice Vasconcelos Silva | Vinícius de Azevedo Couto Firme
Resumo Dada a reduzida participação brasileira na produção mundial de alimentos orgânicos e seu potencial no ramo alimentício, avaliou-se, via dados cross-section (baseados nos produtores orgânicos, cadastrados em janeiro/2022), quais características locais explicariam o número de empreendimentos orgânicos nos municípios brasileiros. Para tanto, consideraram-se os estimadores de MQO, Poisson e Binomial Negativo, inclusive “zero inflated”, com correções (via instrumentos) para variável endógena. Verificou-se que os produtores orgânicos seriam atraídos para os municípios mais próximos à capital estadual, populosos, ricos, de clima estável, levemente chuvosos, de temperatura amena, com melhor educação, população predominantemente rural, cujos produtores rurais têm entre 25-55 anos e que possuem produtores orgânicos na vizinhança. Ademais, eles parecem preferir locais com mais propriedades rurais entre 5-50 hectares, com irrigação própria, mão-de-obra familiar e que evitam agrotóxicos. Alternativamente, cidades com forte produção agropecuária, elevados gastos públicos nesta área e em transportes, cujas propriedades possuem sistemas próprios de armazenagem e recebem mais assistência técnica, seriam preteridos. Por fim, verificou-se que os alimentos convencionais e orgânicos seriam bens substitutos, que as regiões Sul e Nordeste são mais propícias a este ramo e que o Centro-Oeste quase não possui cidades promissoras, sugerindo que os produtores (convencionais) locais impõem barreiras à entrada de orgânicos.
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